
Assim, a Comissão propõe-se:
- Assegurar uma utilização optimizada dos 7,8 mil milhões de euros de investimentos comunitários disponíveis para estas regiões (ao abrigo dos fundos FEDER, FSE, FEADER, FEP e POSEI) para o período 2007-2013. Trata-se igualmente de aproveitar melhor as oportunidades oferecidas pelo conjunto dos programas comunitários (nomeadamente, o 7.º programa-quadro de investigação e desenvolvimento, o programa para a aprendizagem ao longo da vida, etc.).
- Responder aos novos desafios ligados às alterações climáticas, à evolução demográfica e aos fluxos migratórios. Neste contexto:
o lançar diversos estudos para aumentar o conhecimento e a compreensão dos impactos específicos na coesão económica e social dos RUP resultantes de certos fenómenos, como a migração e a demografia, as alterações climáticas, o desaparecimento da biodiversidade, o ambiente marinho, etc.
o incentivar a aplicação de uma política integrada para a gestão dos riscos das zonas costeiras (inundação, erosão costeira, vulnerabilidade das populações e dos bens)
o reforçar a sua integração regional (criar, por exemplo, linhas marítimas de curta distância)
o fornecer ajuda ao arranque (start-up) e ao investimento para os jovens agricultores
o ajudar a promover a reputação de elevado desempenho dos sectores agrícolas e agroalimentares
- Reforçar a parceria entre a União Europeia, as RUP e os seus Estados-Membros. O Comissário Hübner propõe, nomeadamente, a organização, de dois em dois anos, de um "Fórum ultraperiférico europeu", para melhorar o diálogo e o conhecimento das especificidades das RUP.
Antecedentes
O estatuto particular das sete regiões ultraperiféricas é definido pelo n.º 2 do artigo 299.º do Tratado CE, que menciona as desvantagens com que se defrontam: afastamento, insularidade, pequena superfície, relevo e clima difíceis e dependência económica em relação a um pequeno número de produtos. Em 12 de Setembro de 2007, a Comissão adoptou a comunicação «Estratégia para as RUP: balanço e perspectivas», que propunha, nomeadamente, a abertura de um debate sobre o que está em jogo a longo prazo para estas regiões. Através da presente comunicação, a Comissão responde à consulta pública e dá seguimento ao pedido do Conselho Europeu de Dezembro de 2007. Numerosos projectos apoiados pela União Europeia confirmam a capacidade das RUP em especializar-se em sectores de ponta e em realizar projectos-piloto em benefício de toda a União. É, nomeadamente, o caso de projectos inovadores no domínio da energia (a "Central eléctrica de fins múltiplos", que contribui para a produção eléctrica da ilha da Madeira, o projecto GERRI, que visa a autonomia energética da Reunião), do agroalimentar (o pólo agroambiental da Martinica), da oceanografia (o pólo «Oceanografia e Pescas» da Universidade dos Açores), da astrofísica (o Instituto de Astrofísica das Canárias) ou ainda do ambiente (o projecto SEAS na Guiana visa supervisionar o ambiente amazónico por satélite).
Para mais informações:
· Comunicação «As RUP: um trunfo para a Europa» - COM (2008)642
· A política regional e as RUP (aqui)" (fonte: Comissão Europeia)
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