
O Estado tem grandes infra-estruturas planeadas. Acha que deve avançar?
O Estado está numa posição complicada. Por um lado, não pode aumentar o endividamento, nem o défice, mas por outro não pode deixar cair a economia. São duas exigências contraditórias. À primeira vista admito que investimentos como os da auto-estrada de Trás-os-Montes podem ser adiados.
E o TGV e o aeroporto?
E o TGV e o aeroporto?
O aeroporto é preciso, não há dúvida. Pode é construir-se mais devagar.
E o TGV?
Vamos distinguir Lisboa-Madrid de Lisboa-Porto. Lisboa-Madrid vai dar prejuízos durante anos. Mas os espanhóis estão a construir o TGV e chegam a Badajoz em 2010. Por razões não económicas, como a imagem nacional ou a integração de Portugal na Europa, sou a favor. Para o Lisboa-Porto sempre me opus, porque gastámos €1000 milhões na linha do Norte e agora queremos atirar aquilo tudo fora para ganhar 15 ou 20 minutos.
É extravagante?
É de loucura. É um desperdício. Em compensação há outros investimentos que são fundamentais. Por exemplo, em barragens. Pouca coisa se pode fazer de tão útil para o país como isso. E essas pessoas, nomeadamente o PSD; em meu entender deveria fazer algum trabalhinho de casa para saber quais os investimentos que acham que se deve fazer e os que não se devem fazer. Como partido de oposição, terão razão nalgumas coisas mas têm que estudar um bocadinho. Não basta dizer coisas.
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