O deputado do PND, José Manuel Coelho voltou a ser protagonista de mais uma encenação frente ao edifício da Assembleia Legislativa, hoje de manhã, antes do processo de instalação das Comissões. Sobre isso já nem perco tempo, porque acho que cada um revela-se em função dos comportamentos que tem. Não vou também sublinhar que outros deputados, da maioria e da oposição, assistiam indignados ao que se passava, porque no fundo tudo isto tem a ver com a imagem da instituição e deles próprios. Tão pouco falarei de outros, poucos, que até se deliciam com isto, como se aos olhos das pessoas não fosse nada com eles, fossem imunes apenas por causa do estatuto “social” adquirido. O que quero esclarecer, porque José Manuel Coelho foi, uma vez mais, um descarado mentiroso, resulta do facto dele me ter acusado de o ter impedido ontem de assistir à reunião da conferência de líderes da Assembleia Legislativa. Como é que eu, ou fosse lá quem fosse, podia impedir Coelho de participar numa reunião da qual ele não faz parte , repito, NÃO FAZ parte? O mesmo deputado, que pelos vistos guia-se pelas notícias dos jornais, já que ontem de manhã andava à procura de numa reunião que não existia. O deputado do PND, tal como os deputados do Bloco e do PT não podem participar na reunião da Conferência de Líderes, porque não fazem parte dela. Só isso. Simples e transparente. Sucede que o deputado Coelho - vá lá saber-se porquê - chegou, sentou-se na mesa e ainda comentou para outro deputado presente, que eram os únicos pontuais! Informado desta situação limitei-me a esclarecer o referido deputado, perante os demais lideres parlamentares presentes (que não chamaram a atenção do deputado do PND para o lapso...) que estava ali erradamente, na medida em que não podia assistir a uma reunião da qual não fazia parte! Estou-me borrifando se ele ou o PND acham que deviam ou não fazer parte ou se concordam ou não com o regimento. Isso não me diz respeito. Perante os factos, o deputado Coelho, reconheço que surpreendido pela confusão feita, comentou que até era melhor, pois ficava com mais tempo para as suas actividades políticas, despedindo-se e saindo tranquilamente. Hoje foi a sovinice que se viu! É prática da Presidência da Assembleia, sempre que é feita uma convocatória das reuniões de líderes, informar os deputados que dela não fazem parte - informados é diferente de convocados - para que depois não digam que não sabiam de nada. Do mesmo modo, todas as decisões tomadas na reunião de Líderes são comunicadas por escrito, quer aos líderes que e aos deputados do Bloco, PT e PND, no caso destes com a referência adicional seguinte por imposição regimental: "A Mesa solicita aos partidos não representados na referida Conferência de Presidentes dos Grupos Parlamentares, caso entendam, que coloquem, por escrito, no prazo máximo de 48 horas, qualquer reclamação, comentário ou proposta". Ora quando um deputado conhecedor (?) de tudo isto - embora fique sem saber se afinal lê ou não a informação que lhe é enviada - conhecedor (?) do regimento, sabe que nunca participou numa reunião de líderes e mesmo assim tem o descarado atrevimento de vir para a rua de megafone em punho acusar-me de o ter impedido de participar numa reunião da qual nunca fez parte, bom… escuso-me de enumerar as duas alternativas possíveis para classificar tudo isto, bem como os mentores destas acções. Julgo que está feito um esclarecimento, que impunha a mim próprio - e que farei sempre que o entender, repito, sempre que o entender - deixando às pessoas a liberdade de tirarem as conclusões relativamente aos factos e aos protagonistas. Sobretudo quando está em causa verdade e seriedade.
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