sábado, maio 10, 2008

Novas energias

Introdução
No mundo industrializado nunca a energia teve um papel tão preponderante. A União Europeia é o maior importador do mundo, com 15% do total. No caso português, à semelhança de quase todos os países europeus, practicamente toda a energia consumida é importada. O ano de 2005 ainda acentuou mais essa tendência pois foi um ano de baixa produção hidroeléctrica devido à seca.
Figura 1: Importações de petróleo da UE em 2004

Geral
É previsto que o petróleo se mantenha em alta nos próximos 3 a 5 anos, pois este é o tempo estimado para que as novas explorações petrolíferas satisfaçam a crescente procura a ponto de conseguirem reduzir o preço do barril de crude.O custo da importação de energia foi 3,8 mil milhões de euros. O petróleo representa a maior fatia nas necessidades energéticas, com 58% do total em 2004, é um objectivo a redução deste valor para 51% até 2010. Portugal é um dos países com menor
eficiência energética da UE gastando 0,88 barris de petróleo por cada mil euros de PIB. O valor médio na união europeia é de 0,65 barris por cada mil euros e o país mais eficiente a Dinamarca onde o valor é de 0,41. O protocolo de Quioto é um acordo criado para regular as emissões de gases de efeito estufa. A União europeia terá que reduzir as suas emissões em 8% até 2012. No caso de Portugal o cenário é diferente pois as emissões podem aumentar 27% em relação às de 1990, no entanto este valor já foi ultrapassado. Como conseqência, pelo não cumprimento das metas estabelecidas pelo protocolo, Portugal sujeita-se a pagar uma quantia que pode chegar aos 1,5 mil milhões de euros. O Governo prevê um investimento de 3 mil milhões de euros até 2010 em energias renováveis.

Solar Térmico
O programa água quente solar prevê a instalação de 1 milhão de metros quadrados de paineis solares témicos até 2010.De acordo com a União Europeia a área coberta por paineis solares térmicos é de 109 200 m2.. Existem países com menor potencial para este tipo de tecnologia, onde ela está amplamente difundida é o caso da Áustria, só ultrapassada pela Grécia e a Alemanha. A Grécia com um potencial semelhante ao portugês tem uma taxa de implementação 26 vezes superior, de acordo com União Europeia.

Figura2: Área coberta por paineis solares térmicos

A produção de energia solar térmica ficará muito aquém das metas estabelecidas, pela União Europeia até 2010.

Solar Fotovoltaica
A produção de energia solar fotovoltaica teve um crescimento entre 2003 e 2004 de 68% na União Europeia, totalizando 1010 GWp. A Alemanha é o país com a maior fatia desta produção com 79% do total. Cerca de 9% da energia fotovoltaica é produzida em sistemas autónomos, no entanto em Portugal o cenário é oposto pois a maior parte da energia fotovoltaica é produzida por este tipo de sistemas.

Figura 3: Produção de energia solar fotovoltaica na União Europeia em 2004

Está previsto que as metas estabelecidas, pela União Europeia até 2010,para a produção de energia solar fotovoltaica sejam ultrapassadas mas para tal os estados membros terão que seguir o exemplo espanhol que num ano aumentou a produção em 38%.A produção de energia solar fotovoltaica teve um crescimento, em Portugal, de 28% entre 2003 e 2004. É no entanto insufiente sabendo o potencial que o nosso país tem nesta fonte de energia, por exemplo a Holanda que tem um nível de insolação que é 60% do nosso, produza 19 vezes a energia fotovoltaica de Portugal.

Eólica
A União Europeia totaliza 73% da produção de energia eólica a nível mundial, a Alemanha representa quase metade desta produção. Os Estados Unidos e a Índia também são países com uma produção eólica considerável com 14% e 6% do total.
Figura 4: Produção de energia eólica na União Europeia em 2004
Está previsto que as metas estabelecidas, pela União Europeia até 2010,para a produção de energia eólica sejam largamente ultrapassadas dado o valor ter sido quase atingido em 2004.Portugal é um dos países onde mais tem crescido a produção de energia eólica, 60 % em 2004, de acordo com fontes governamentais esta tendência será para manter". (fonte: aqui)

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