Durante 28 anos, de 1961 a 1989, a população de Berlim, ex-capital do Reich alemão, com mais de três milhões de pessoas, padeceu uma experiência ímpar na história moderna: viu a cidade ser dividida por um imenso muro. Situação de verdadeira esquizofrenia geopolítica que cortou-a em duas partes, cada uma delas governada por regimes politicos ideologicamente inimigos. Abominação provocada pela guerra fria, a grosseira parede foi durante aqueles anos todos o símbolo da rivalidade entre Leste e Oeste, e, também, um atestado do fracasso do socialismo real em manter-se como um sistema atraente para a maioria da população alemã. Na manhã bem cedo do dia 13 de agosto de 1961, a população de Berlim, próxima à linha que separava a cidade em duas partes, foi despertada por barulhos estranhos, exagerados. Ao abrirem suas janelas, depararam-se com um inusitado movimento nas ruas a sua frente (Leia mais aqui e aqui, mas sobretrudo na pagina da DW). Antes era assim:




Agora, o Muro de Berlim, mais do que uma relíquia do passado, transformou-se numa importante fonte geradora de negócio (e de receitas) para a cidade-estado de Berlim. Há pedaços do muro por todos os lados, a cidade preservou apenas cerca de 1,5 Km do muro (parte dele junto a um campo onde se recorda as atrocidades do nazismo), foi construída uma linha em tijolos vermelhos assinalando o local onde antes existiu o muro entretanto derrubado, porque dividia avenidas e até edifícios. Nalgumas partes o turística é possível colocar-se em cima de uma placa de metal e com um pé em cada lado acaba por estar ao mesmo tempos nas antigas RDA e RFA. Por toda a cidade é visível, marcado no chão, o local por onde se erguia o “muro da vergonha” que, de um dia para o outro, dividiu famílias inteiras durante mais de 28 anos. Nos registos históricos, Chris Gueffroy, abatido em Fevereiro de 1989, foi a última vítima do “muro”.






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