Começa bem o novo líder do PSD, Filipe Meneses, dando claramente a entender que tem medo do referendo popoular optando por juntar-se ao grupo dos que defendem a imposição aos portugueses de um Tratado que eles mal conhece e que foi negociado por pessoas que não recebetam o mandato popular para tal. De facto, e segundo o "Diário Digital", o novo presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, "afirmou esta segunda-feira, em Lisboa, estar preparado para aprovar o Tratado Reformador da UE e garantiu que, consigo na liderança dos sociais-democratas, não haverá querela europeia em Portugal. «Se a solução que está neste momento a ser burilada [sobre o Tratado Reformador da UE], for aquela que merecer a aprovação [dos líderes europeus, em Lisboa], o PSD não tem em relação a ela qualquer tipo de objecção», salientou Luís Filipe Menezes, no final de uma audiência com o primeiro-ministro, José Sócrates, em São Bento, a primeira desde que assumiu recentemente a liderança do PSD. Luís Filipe Menezes, recém-eleito líder do maior partido da oposição em Portugal, deslocou-se a São Bento acompanhado por membros da nova Comissão Política do PSD (Martins da Cruz, Rui Gomes da Silva e Luís Fontoura) para discutir com José Sócrates a agenda da cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da UE, que quinta e sexta-feira deverá aprovar o Tratado que substituirá a fracassada Constituição Europeia. Interrogado sobre a forma como o futuro Tratado deverá ser ratificado em Portugal, o líder social-democrata deu uma resposta semelhante à preconizada pelo PS. «Cada coisa a seu tempo. Primeiro, temos que ter Tratado. Depois vamos discutir a ratificação, porque até pode nem haver acordo [sobre o Tratado], perspectiva que não desejamos», admitiu Luís Filipe Menezes. Menezes assumiu depois que, durante a campanha interna para a liderança do PSD, defendeu que a ratificação do futuro Tratado poderia ser feita por via parlamentar e não por referendo".
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