quinta-feira, junho 02, 2022

Presidente executivo do JP Morgan avisa investidores para "furacão" que se aproxima

O banqueiro afirmou que “há demasiada liquidez no sistema” monetário que deve ser reduzida e que a Fed e os bancos centrais em geral têm que a baixar para travar a especulação. O presidente executivo do maior banco dos EUA, o JP Morgan Chase, disse esta quarta-feira que os investidores devem estar preparados para “um furacão”, que se aproxima devido à política monetária restritiva e à invasão russa da Ucrânia.

“Este furacão que está aqui e agora e aproxima-se de nós (…). Não sabemos como vai ser, pelo que é melhor que nos preparemos”, disse Jamie Dimon, durante uma conferência para investidores, organizada hoje pela Alliance Bernstein Holdings. “No JP Morgan já nos estamos a preparar e vamos ser muito conservadores com os nossos balanços financeiros”, adiantou Dimon, que situou as suas principais preocupações na inflação e nas respostas da Reserva Federal (Fed) para a combater. A inflação no EUA, em níveis desconhecidos desde há quatro décadas, levou a Fed a decidir desde o início do ano duas subidas consecutivas da taxa de juro de referência, que já está no intervalo entre 0,75% e um por cento.

Dimon não criticou a Fed, pelo contrário, disse que “todos acreditam que a Fed pode lidar com a situação”, mas isso não o impediu de identificar “nuvens tormentosas” no horizonte. O banqueiro insistiu em que “há demasiada liquidez no sistema” monetário que deve ser reduzida e que a Fed e os bancos centrais em geral têm que a reduzir para travar assim a especulação. Mais pessimista mostrou-se sobre a guerra na Ucrânia, que, na sua opinião, vai levar o barril de petróleo, que está em torno dos 120 dólares, para os 150 ou mesmo 175 dólares, e acrescentou: “Não estamos (nos EUA) a aplicar as ações corretas para proteger a Europa do que se vai passar com o petróleo a curto prazo”. Apesar das suas previsões, Dimon disse que há alguns sinais de otimismo como a força e a confiança dos consumidores, os salários em alta e a grande oferta de empregos disponíveis (Expresso)

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