Desde as eleições de 1976, as primeiras realizadas depois do 25 de Abril e da aprovação da Constituição de 1976, Portugal já teve 5 maiorias absolutas
- 1979, 250 deputados (maioria absoluta com 126 lugares)
A AD vence com 2.554.458 votos, 45,5% e 121 deputados, aos quais se juntaram os 7 deputados da Madeira e dos Açores, graças aos 141.227 votos do PSD-Madeira e Açores, 2,4%
- 1980, 250 deputados (maioria absoluta com 126 mandatos)
A AD com Sá Carneiro totalizou 2.706.667 votos, 44,9% e 126 deputados, aos quais se juntaram os 147.644 votos do PSD-Madeira e Açores, 2,5% e 7 deputados. Um total de 133 mandatos em 250 lugares.
- 1987, 250 deputados (maioria absoluta com 126 mandatos)
PSD de Cavaco Silva vence com 2.850.784 votos, 50,2%, 148 deputados.
- 1991, 230 deputados (maioria absoluta com 116 mandatos)
PSD de Cavaco Silva repete a vitória com 2.902.351 votos, 50,6%, 135 lugares.
- 2005, 230 deputados (maioria absoluta com 116 mandatos)
PS (José Sócrates), 120 deputados, 2.573.869 votos, 45,1%
- 2011, 230 deputados (maioria absoluta com 116 mandatos)
PSD (Passos Coelho) com 108 deputados, 2.159.742 votos e 38.7%. Graças ao acordo com o CDS-PP (Paulo Portas), 653.987 votos, 24 deputados e 11,7%, construíram uma maioria absoluta que não resultou de eleições mas de um acordo parlamentar pós-eleitoral.
- 2015, 230 deputados (maioria absoluta com 116 mandatos)
Apesar de ter sido a mais votada, 1.993.921 votos, 38,9%, a coligação PSD-CDS não conseguiu a maioria dos mandatos (apenas 102 deputados), pelo que foi graças a um acordo parlamentar pós-eleitoral que o PS, 1.747.685 votos, 32,3% e 86 deputados, o Bloco de Esquerda, 550.892 votos, 10,2% e 19 deputados e o PCP, 445.980 votos, 8,3% e 17 deputados, construíram a geringonça com um total de 122 deputados.
- 2022, 230 deputados (maioria absoluta com 116 mandatos)
Surpreendentemente, e contra todas as sondagens publicadas, que falharam em toda a linha, o PS obteve 2.246.627 votos, 41,7% e 117 deputados, faltando ainda contabilizar os votos dos dois círculos da emigração que podem levar o PS aos 119 ou 120 deputados. A maioria absoluta do PS de António Costa resultou dos resultados eleitorais e não de acordos parlamentares pós-eleitorais.
A vida parlamentar ficou marcada pelo acordo de António Guterres, primeiro-ministro, com o deputado do CDS de Ponte de Lima, Daniel Capelo, conhecido pelo "voto do queijo Limiano" (alusão ao facto do autarca de Ponte de Lima ter realizado uma greve de fome em defesa da marca registado para o queijo). Várias outras obras para aquela região do Minho foram negociadas, o que garantiu a Guterres a aprovação dos orçamentos de estado de 2001 e 2002. Campelo chegou a ser expulso do CDS, mas regressou anos depois (LFM)
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