De acordo com um estudo recente elaborado pela Fundação “la Caixa”, BPI e Nova SBE, uma em cada três pessoas desempregadas é pobre, mas em alguns casos trabalhar também não é suficiente para escapar à pobreza, visto que uma em cada dez pessoas empregadas também é pobre. Estes são os dados do relatório “Portugal, Balanço Social 2021”, da autoria de Bruno P. Carvalho, Mariana Esteves e Susana Peralta, que retrata o panorama socioeconómico das famílias durante a pandemia.
O estudo mostra ainda as alterações nas condições no mercado de trabalho com a pandemia, revelando que as inscrições nos centros de emprego aumentaram, particularmente entre mulheres, jovens adultos e indivíduos com ensino secundário ou menos. Neste ponto, Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve foram as regiões em que o número de pessoas inscritas mais aumentou durante a pandemia. Os dados revelam ainda que fevereiro de 2021 foi o mês em que mais trabalhadores estiveram em layoff simplificado e, em média, os pedidos são 50% mais frequentes para mulheres.
“O teletrabalho continua a ser predominante entre os trabalhadores com maior nível de escolaridade, especialmente quem tem ensino superior completo”, pode ler-se ainda no estudo, que revela que mais de 40% das pessoas que trabalham com ensino superior ficaram em teletrabalho, face a apenas 2% de quem não tem educação básica completa e 11% de quem tem ensino básico completo (Executive Digest, texto do jornalista André Manuel Mendes)
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