terça-feira, janeiro 25, 2022

Nota: a desinformação, pois é....

Tenho lido muita coisa sobre desinfornação. É o tema aliciante, muito na moda, muito "in". Mas quando vemos políticos ou empresários abordar o tema de forma paternalista, tema que devia ser reserva absoluta dos profissionais da comunicação social ou de entidades reguladoras, fico arrepiado, por que a desinformação começa muitas vezes no poder, no Estado, nas instituições públicas que manipulam, condicionam, "alindam" e distorcem a informação prestada para a opinião pública, comportando-se como os primeiros autores da desinformação que depois se alastra descontroladamente devido ao desregulado mundo das redes sociais onde tudo é "verdade"!  Mas não se deixem enganar, quando ouvimos ou lemos políticos, empresários, banqueiros, especialistas militares ou médicos, etc, abordar o tema da desinformação e das causas da desinformação, sentem-se bem sentadinhos para que não sejam enganados por discursos mansos de gente que sabe, melhor do que ninguém, que a desinformação tem uma causa, uma origem, um polo multiplicador de muitas informações falsas que depois se transformam numa torrente de "verdades" absolutas. E isso ocorre porque há uma intenção deliberada, um propósito, um objectivo, uma finalidade, no fomento e na utilização dessas campanhas de desinformação distorcidas, mentirosas ou falsas.

Podemos e devemos discutir a desinformação nas sociedades, mas discutir as causas, sobretudo as motivações, os objectivos e os propósitos subjacentes a essa desinformação que de inocente nada tem e que deliberadamente visa enganar a opinião pública com propósitos, intenções e objectivos definidos. Nada acontece por acaso e com os meios de comunicação  tradicionais cada vez mais fragilizados, sem recursos humanos e financeiros para garantirem uma presença efectiva em todas as frentes, incluindo nas redes sociais e no seu justicialismo de mer** que fomenta a "acusação" e o "julgamento" de pessoas ou instituições na praça pública, sem lhes garantir o direito à defesa e à presunção da inocência. O labreguismo justicialista das redes sociais enquanto não for regulado e os tribunais não acordarem em jurisprudência que acabe, de uma vez por todas, com a bandalheira e identifique os mentores destas movimentações nojentas de bastidores, tudo vai continuar na mesma, pelo que esta conversa de revela desnecessária. 

Será que se esqueceram da enorme campanha de desinformação desenvolvida pelos EUA e seus aliados a propósito da primeira guerra do golfo e de tudo o que foi inventado e nunca provado sobre armas de destruição e um alegado potencial químico de nuclear do Iraque de Saddam? E tudo por que? Os EUA e aliados decidiram derrubar o ditador e para que isso fosse possivel tudo foi pensado e executado para enganar a opinião pública mundial. As Nações Unidas, na sua lamentável insignificância em momentos decisivos, foi "comida" sem garfo e faca, porque foi sob a sua alcada que a invasão se fez.

Julgo que agora, a propósito do conflito entre a Rússia e a Ucrânia estamos perante outro potencial palco para a desinformação manipuladora. Por que alguém já tomou decisões belicistas que precisa concretizar, salvo se novos acontecimentos travarem tais propósitos. Até lá a desinformação será perigosa e constante, com troca de argumentos e acusações que roçam o ridículo. E o que se passou com as falência dos bancos portugueses cuja realidade foi sistematicamente manipulada e escondida dos clientes e cidadãos em geral, até que a falência se tornou inevitável?! (LFM)

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