sábado, dezembro 18, 2021

Nota: o lado mais hilariante dos congressos do PSD



Confesso que tenho achado alguma piada a esta “disputa” regional à volta do congresso nacional do PSD. Mais do mesmo, com muitos anos de repetição. Sabe-se já que Pedro Calado vai liderar uma lista ao Conselho Nacional, conotada com Luis Montenegro, que não se candidata a nada (!), que é o mesmo que dizer uma lista que inevitavelmente é conotada com os “órfãos” do “passismo” e, de novo, com as movimentações de bastidores dos (das) enviuvados desse "passismo" que começa a evidenciar nervosismo porque chegou o tempo de marcar terreno na lógica de uma preparação antecipada e cautelosa, do terreno para uma eventual candidatura presidencial do antigo líder do PSD.

Quanto a Pedro Coelho, que foi mandatário de Rui Rio na Madeira nas últimas directas, a sua inclusão na lista da Comissão Política Nacional a ser proposta pelo reeleito líder do PSD é dada como certa e é normal. Inverteu a derrota que todos antecipavam na Madeira devido ao facto de Rangel supostamente contar com o controlo do aparelho partidário regional que curiosamente nas últimas deu uma vitória a um desconhecido, sem passado relevante nas bases e no PSD, um tal Luz que este ano se colou as Rangel para furtar-se a nova derrota pessoal que acabou por....alcançar.

Admito que outros nomes tudo farão para fazer parte de outras listas mas disso tomaremos conhecimento a seu tempo, por iniciativa dos próprios junto dos média ou em função da divulgação mais tardia das listas de candidaturas, sobretudo ao Conselho Nacional, Conselho de Jurisdição e Mesa do Congresso.

Dirão os maus atentos ou os mais especulativos - cada um adjectiva da forma que entender - que mais do que andar a querer saber os resultados das votações no Congresso nacional podemos estar também, e sobretudo, num posicionar das peças bum tabuleiro de xadrez do futuro, quiçá menos distante do que muitos julgam, do próprio PSD-Madeira

Também Rui Abreu vai integrar lista de Pinto Luz ao Conselho Nacional, divulgou o próprio. É natural, foram ambos derrotados este ano por Rio nas directas social-democratas na Madeira e o primeiro foi mandatário de Luz quando este acordou, na cosmopolita Cascais, de um sonho qualquer e achou que poderia ser líder do PSD nas penúltimas directas do PSD, confundindo o querer com o poder...

Há pessoas, e isto não é de hoje, que acham que chegam a um Congresso nacional de um partido, integram as listas de fulano ou de beltrano para um Conselho Nacional qualquer e viram logo políticos influentes e importantes, uma espécie de "aristocracia" partidária promovida. Depois durante anos, até o Congresso seguinte, ninguém mais ouve falar deles, porque realmente fazer parte de uma lista, ser eleito ou não ser eleito, é algo que nada diz à Madeira e aos Madeirenses que se estão a borrifar para estas movimentações e "compadrios" nos bastidores dos congressos, algumas delas absolutamente patéticas pela fobia do mediatismo a qualquer preço. Estamos a falar de "bonecos" escolhidos em congressos em nome de uma espécie de quotas estatutárias que são obrigatoriamente atribuídas às estruturas insulares de partidos descentralizados estatutariamente. Porque legalmente, como é sabido, não existem partidos regionais por limitação constitucional. Siga festa, toque a banda... (LFM)

Sem comentários: