O domínio da variante Ómicron representa o início da endemia, segundo revelou o virologista Pedro Simas. “São boas notícias”, referiu, defendendo que não há motivo para Portugal começar 2022 com as restrições impostas pelo Governo. Em declarações à ‘CNN Portugal’, o virologista apontou que a derrota total da variante Delta pela Ómicron (“mais infeciosa e menos virulenta”, apontou) vai representar o fim da pandemia no mundo inteiro. “E isto são boas notícias porque a nova variante, que derrotará a delta, vai conferir uma imunidade muito boa às pessoas, a par da que já têm com a vacinação”, defendeu o especialista.
“Este é o início inequívoco da endemia. Só se entra em endemia verdadeira quando, num país, a maior parte das pessoas já teve infeções e o vírus circula livremente. Isto é normal”, explicou, defendendo, assim, que o melhor é “deixar o vírus disseminar-se”, lamentando o “foco exagerado” que se está a dar ao elevado número de infeções em vez da mortalidade e hospitalizações.
“Esta corrida aos testes não é boa, é alarmista. E prejudica o restante funcionamento do SNS”, defendeu, frisando que Portugal, com cerca de 90% da população vacinada, “deve assumir o papel de liderança que teve e dar um exemplo ao mundo de que se pode desconfinar”.
O virologista considerou, por isso, que as restrições em vigor neste momento são “extremamente penosas” porque “não são eficientes a impedir a disseminação do vírus”. “Não há qualquer razão científica ou de saúde pública para Portugal começar 2022 com as escolas fechadas”, exemplificou, pedindo que se combata “o medo” criado em torno da nova variante (Multinews, texto do jornalista Francisco Laranjeira)
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