quinta-feira, março 17, 2016

Futebol: Presidente do Marítimo defende ideia de um "único clube" madeirense na I Liga

O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, defendeu hoje que a Madeira deveria apostar num único clube na I Liga portuguesa de futebol e alertou para o atraso no pagamento do Governo Regional nesta época. "Se fizermos um termo comparativo com Lisboa, a Madeira tem clubes a mais na I Liga. Vou continuar a bater na mesma tecla e vou continuar a fazer a defesa da região autónoma da Madeira em termos de qualidade e afirmação no espaço nacional", afirmou aos jornalistas em conferência de imprensa no Estádio do Marítimo. Para Carlos Pereira, é preciso apostar na ideia de um clube por região para poder estar ao nível de equipas como o Sporting de Braga.

"Se quisermos ficar equiparados ao Braga ou ao Guimarães, temos forçosamente de caminhar para um clube, uma cidade e uma região senão não vamos ter especialização em nada", alertou numa perspetiva que assume enquanto "cidadão, dirigente e presidente do Marítimo". O sonho de ver uma equipa madeirense a jogar na Liga dos Campeões também acaba por ser prejudicado, de acordo com Carlos Pereira, o que iria trazer um grande benefício para os insulares.
"Seria mais fácil atingir esse objetivo porque estaríamos todos a trabalhar em prol desse objetivo mas que estamos a fazer é dividir e tornar esse caminho mais difícil", lamentou. O presidente do Marítimo considera que é o governo regional madeirense que tem a responsabilidade sobre o assunto.
"O poder político tem de definir que instituição deve apoiar, que instituição tem referência na região e que instituição tem suporte da sua massa associativa e definir o melhor para a região", justificou.
Ainda sobre o governo regional, Carlos Pereira adiantou que o Marítimo ainda não recebeu o contrato de programa da temporada 2015/2016, no valor de cerca de 1,5 milhões de euros apesar do clube já ter dado um retorno à região acima de 3,7 milhões de euros entre 01 de julho de 2015 e 28 de fevereiro de 2016. "O que me desgosta muito é que, com as dívidas que têm para connosco, nós é que temos de pagar sempre primeiro para receber depois", concluiu (Lusa)

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