sexta-feira, outubro 10, 2014

PT a caminho de uma enorme barracada?

Já viram esta potencial barracada num país onde a promiscuidade entre política e negócios nunca atingiu a dimensão que hoje percebemos existir a vários níveis e com encargos potenciais para os cidadãos de milhares de milhões de euros: a PT que vale em bolsa cerca de 4 mil milhões de euros, tem uma dívida da ordem dos mais de 15 mil milhões de euros. Hoje as suas acções na Bolsa de Lisboa atingiram o valor mais baixo de sempre. Estaremos perante uma empresa, com cerca de 18 mil trabalhadores, a caminhar para o abismo?

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Primeiro-ministro garante que não vai intervir na PT

"Passos garante também o Estado não foi informado, nem o representante que tem no Fundo de Resolução, sobre "qualquer decisão do Novo Banco sobre a fusão da PT com a OI". A oposição pediu esclarecimentos sobre os rumores de venda da PT e os problemas com a Oi, mas Passos quis deixar claro que o Governo "não tem uma golden share" e não vai intervir nas decisões da empresa. "O Governo não está a lavar as mãos de nada. A fusão da PT com a OI não é problema do Governo", avisou Passos, que deixou a garantia que o Executivo "não foi consultado, nem sequer a pessoa que o Estado indicou para o Fundo de Resolução, sobre qualquer decisão que o Novo Banco tenha tomado sobre a fusão da PT com a OI". O primeiro-ministro não gostou que a primeira pergunta sobre o caso da PT viesse da bancada do PS. Ferro Rodrigues considerou "perigoso o que se está a passar" numa empresa tão importante para o país e acusou o Executivo de estar a meter-se "fora". Lembrou que foi o Governo de Sócrates, que detinha uma golden-share na empresa, quem interveio directamente em OPAS lançadas à empresa e que "decidiu a aquisição e fusão com a OI".Jerónimo de Sousa diz que não vale a pena persistir na responsabilidade do PS e acusou o Governo de estar a "lavar as mãos como Pilatos". "Então aqui não há interesse nacional", perguntou o líder dos comunistas" (Económico)

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Sindicato acusa administrações da PT de "promiscuidade"

"Trabalhadores esperam que "sejam apuradas judicialmente todas as responsabilidades" da questão Rioforte. E acusa a administração de gestão danosa. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT) afirmou hoje ser "revoltante pensar sobre a actual situação do grupo PT". E acusou as administrações da empresa de "promiscuidade" com o poder económico e político. Num comunicado enviado aos trabalhadores, o sindicato recorda a "responsabilidade de alguns "iluminados", premiados e condecorados gestores de primeira linha com vencimentos e prémios de gestão imorais, mas também de grupos financeiros e de alguns conhecidos políticos". "A promiscuidade entre o poder económico/político e diversas Administrações da PT, há mais de uma década é algo para nós repugnante e só nos pronunciamos sobre tal facto dado as consequências a vários níveis que se poderão reflectir negativamente para os trabalhadores da PT", segundo o comunicado. Recordando os investimentos feitos no BES desde 2001 e lembrando que o BES era accionista de referência da PT, o SNTCT acusa o BES de ter feito uma "invasão" à PT ao longo dos anos. "O melhor exemplo foi a nomeação e manutenção no cargo de há uns anos até há pouco tempo de um chefe financeiro, CFO, (também premiado), de um alto quadro proveniente daquele Banco", acusa o sindicato. "Conhecemos e criticamos a forma como a justiça funciona neste país, mas esperamos que sejam apuradas judicialmente todas as responsabilidades desta gestão danosa e irresponsável, com as consequências respectivas para todos os que a efectuaram." O sindicato lembra que teve dúvidas quando foi anunciada a fusão com a Oi. "Foi-nos dito para não nos preocuparmos porque nenhuma daquelas situações se encontrava prevista. A situação atual revela que nos enganaram." "Sem este "casamento" que acabou depressa com uma "traição", a PT poderia ter sido uma empresa que unisse a Europa, América e África. Esta união tornou-a subserviente e diminuiu-lhe a visibilidade", acusa o sindicato no comunicado divulgado" (Económico)