domingo, setembro 14, 2014

Novo Banco: Eduardo Stock da Cunha vai substituir Vítor Bento

Segundo o site da SIC, "Eduardo Stock da Cunha é o nome escolhido pelo Governo e Banco de Portugal para assumir a presidência do Novo Banco. De acordo com o Expresso, o anúncio oficial deverá ser feito durante esta tarde. O banqueiro tem uma experiência de quase 30 anos no sector e atualmente estava a trabalhar no Lloyds convidado por António Horta Osório, depois de deixar a administração do Santander nos Estados Unidos. Contactada pela agência Lusa, fonte oficial do Banco de Portugal escusou-se  a confirmar, para já, a informação que foi avançada ao fim da manhã pela  edição 'online' do jornal Expresso.  Mas fontes bancárias confirmaram à Lusa o nome de Stock da Cunha como  o futuro presidente do Novo Banco, revelando que o gestor aceitou o desafio  que lhe foi apresentado durante a semana passada pelo supervisor, na sequência  da intenção manifestada pela equipa de gestão liderada por Vítor Bento de  renunciar aos cargos que desempenhavam na entidade.  Segundo as mesmas fontes, a oficialização desta nomeação vai ser feita  ainda esta tarde pelo Banco de Portugal.  Stock da Cunha conta com quase 30 anos de experiência na banca, tendo  ocupado lugares de destaque em instituições financeiras em Portugal e no  estrangeiro.  Atualmente, o futuro líder do Novo Banco estava a trabalhar no banco  britânico Lloyds, liderado pelo português António Horta Osório, gestor com  quem tinha estado na origem do Santander Portugal.  Aos 51 anos, Stock da Cunha vai abraçar o desafio que o Banco de Portugal,  com o acordo do Governo, lhe lançou para ultrapassar o pedido de saída da  gestão do Novo Banco apresentado também na semana passada por Vítor Bento  (presidente), José Honório (vice-presidente) e João Moreira Rato (administrador  financeiro).  A preparação da venda do Novo Banco é a missão que o responsável vai  abraçar nos próximos tempos. Stock da Cunha teve nos últimos dias dedicado  à escolha da equipa que vai passar a liderar na instituição financeira resultante  da cisão do Banco Espírito Santo (BES).  A equipa de gestão do Novo Banco liderada por Vítor Bento confirmou  no sábado, em comunicado, que durante a semana apresentou ao Fundo de Resolução  e ao Banco de Portugal a intenção de renunciar aos cargos desempenhados  na administração da entidade.  "Em face da especulação mediática sobre o assunto, confirmamos que  durante esta semana comunicámos ao Fundo de Resolução e ao Banco de Portugal  a intenção de renunciar aos cargos desempenhados na administração do Novo  Banco, dando tempo para que pudesse ser preparada uma substituição tranquila",  lê-se no documento assinado pelos três administradores demissionários.  "Gostaríamos de salientar que não saímos em conflito com ninguém, mas  apenas porque as circunstâncias alteraram profundamente a natureza do desafio  com base no qual aceitáramos esta missão em meados de julho", sublinham  os responsáveis.  Em reação, no sábado, o Banco de Portugal assegurou que está a trabalhar  para garantir que o futuro Conselho de Administração do Novo Banco vai permitir  concretizar o projeto de desenvolvimento e criação de valor para a instituição  financeira.  "O novo Conselho de Administração do Novo Banco, que será conhecido  logo que concluídos os procedimentos prévios exigíveis, garantirá a concretização  do projeto de desenvolvimento e criação de valor para o banco", informou  em comunicado a entidade liderada por Carlos Costa.  No dia 3 de agosto, o BdP tomou o controlo do Banco Espírito Santo  (BES), depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil  milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades  distintas.  No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES  mas que está em liquidação, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos  do BES, assim como os acionistas.  No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco,  ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos"