terça-feira, março 12, 2013

Portugal passa na sétima avaliação e recebe mais 2 mil milhões

Segundo o Dinheiro Vivo, "Vítor Gaspar deve apresentar as conclusões da avaliação da troika amanhã, indicou António Saraiva, presidente da confederação da Indústria (CIP) à saída de uma reunião de concertação social com o primeiro-ministro, citado pela Lusa. O Governo teve positiva no exame. Segundo apurou o Dinheiro Vivo, Portugal terá mais uma avaliação positiva ao programa de ajustamento (neste caso a sétima), recebendo assim mais dois mil milhões de euros do empréstimo oficial que atualmente vale 79,5 mil milhões de euros. O desembolso propriamente dito só acontecerá em abril. O da sexta avaliação (2,5 mil milhões de euros), foi libertado em janeiro. De acordo com a Lusa, o representante dos patrões da indústria disse que o chefe do Governo "deu indicações de que o ministro das Finanças deverá apresentar as conclusões do exame na quarta-feira". Em todo o caso, parece que Passos não se quis alongar muito sobre este assunto uma vez que a reunião da concertação servia para preparar a cimeira europeia (primeiros-ministros da UE), que decorre este quinta e sexta-feira. O sétimo exame foi, até agora, o mais atribulado porque o Governo não está a conseguir acertar com a missão da troika (BCE, Comissão Europeia e FMI) os termos finais do guião (linhas genéricas) para a reforma do Estado e os cortes correspondentes na despesa pública. Estes teriam de ficar fechados agora em troca da flexibilização nas metas do défice. Na avaliação anterior, o Governo comprometeu-se a "identificar, quantificar e calendarizar" as medidas” que levariam ao corte permanente de quatro milhões de euros na despesa em 2013 e com especial intensidade em 2014. A pressão política e social que isto provocaria no país, para mais em anos de eleições, levaram alguns elementos do Governo a querer moderar os ímpetos de Vítor Gaspar e da troika, pedindo um prolongamento dos cortes por mais um ano, isto é, até 2015, inclusive. O relaxamento no ritmo da consolidação orçamental, apoiado já publicamente pela Comissão e pelo FMI, deverá fazer baixar a fasquia: Portugal precisará de reduzir o défice dos atuais 6% do PIB efetivos para 3% em 2015 e não 1,5% como estava combinado até à sexta avaliação"