segunda-feira, março 11, 2013

Milhares de eslovenos exigem mudanças políticas

Li aqui que "milhares de eslovenos manifestaram-se esta sábado em Ljubljana em protesto contra a elite política do país e por mudanças profundas, na sequência da queda do governo de centro-direita de Janez Jansa.Cerca de 5.000 manifestantes, segundo a polícia, desafiaram a chuva intensa na praça Kongresni, centro da capital, no quatro protesto convocado no Facebook por uma organização fundada em novembro para exigir a resignação de Jansa."Pedimos a demissão de todos os membros incapazes e corruptos da elite política", referiu na sua página do Facebook este movimento da sociedade civil e onde 18.000 seguidores referiram que participariam no protesto.O grupo pediu à primeira-ministra designada, Alenka Bratusek, 42 anos, para convocar eleições antecipadas logo após assumir oficialmente o cargo. O anterior protesto, que decorreu em 8 de fevereiro, juntou cerca de 20.000 pessoas, numa das maiores manifestações antigovernamentais na antiga república jugoslava com dois milhões de habitantes."Não queremos um novo governo mas mudanças revolucionárias" e "Não haverá paz enquanto não existir justiça" foram algumas das palavras de ordem do protesto, referiu a agência noticiosa AFP. O edifício do Banco central e outras instituições públicas ficaram assinalados com pichagens com a frase "Isto pertence-nos". Em fevereiro, o Parlamento esloveno mandatou Bratusek para formar Governo, após Jansa ter sido acusado de corrupção pelo observatório anticorrupção do pequeno país balcânico.Em paralelo, o Partido social-democrata (SD) anunciou hoje a decisão de se juntar a uma coligação governamental dirigida pela primeira-ministra designada "e contribuir para a mudança de direção da política eslovena", referiu em conferência de imprensa o chefe do partido, Igor Luksic.Os sociais-democratas, que dispõem de 10 dos 90 lugares do hemiciclo, são os primeiros a juntar-se a Bratusek, líder da formação de centro-esquerda Eslovénia Positiva (27 deputados). Bratusek tem de formar Governo até 14 de março para evitar a convocação de legislativas antecipadas, que seriam organizadas pela segunda vez em menos de dois anos.A Eslovénia, que aderiu à União Europeia em 2004 e à zona euro em 2007, desde então considerada um exemplo de integração nas instituições europeias, está confrontada com a mais grave crise política, económica e social desde a independência unilateral da ex-Jugoslávia em junho de 1991, declarada em simultâneo com a vizinha Croácia".