Segundo a TVI, "Marcelo Rebelo de Sousa considera que foi uma semana de «boas notícias», mas que Passos Coelho «arranjou um sarilho» com as declarações no Parlamento. Marcelo Rebelo de Sousa criticou o primeiro-ministro por «estupidamente deixar criar um problema que não existia antes» com as suas declarações no Parlamento esta semana sobre o salário mínimo. «A oposição apareceu logo a dizer que ele [Borges] estava a dizer em voz alta o que Passos não diz. O Governo deu um, dois, três, quatro tiros no pé», resumiu. Para o comentador, esta semana foi marcada por «boas notícias» para Passos Coelho, com a Europa a planear estender o prazo para o pagamento do empréstimo, a Standard & Poor's a subir a perspetiva para o rating da dívida pública portuguesa e as palavras de Durão Barroso, que aprova mais um ano para o cumprimento do défice. «E o Governo, em vez de valorizar as boas notícias, arranjou um sarilho monumental, um berbicacho, com o salário mínimo», lamentou. Marcelo referia-se às declarações de Passos no Parlamento sobre uma proposta do PS para aumentar o salário mínimo nacional. O primeiro-ministro defendeu que o «mais sensato» para diminuir o desemprego é baixar esse valor, como fez a Irlanda, mas que Portugal não tem condições para isso. «Passos Coelho devia ter dito que o aumento do salário mínimo está a ser discutido na concertação social, devia ter lateralizado o jogo, ou então tinha dito: eu por mim acho que é justo, adoraria fazê-lo, mas não me posso comprometer», aconselhou.O comentador sublinhou que o primeiro-ministro «nunca defendeu baixar o salário mínimo» e que, quando o PSD «estava a tentar explicar que não tinha dito isso», apareceu «o inefável António Borges» a dizer que «o ideal seria que os salários baixassem». «Borges escolhe os piores momentos para aparecer, parece de propósito, quer ajudar e só enterra o Governo», criticou"
