Ainda a propósito do debate de hoje na Assembleia da República, retive três perguntas determinantes feitas a Coelho e que este não respondeu, obviamente por razões facilmente perceptíveis por quem me ler:1ª pergunta não respondida: quanto é que nos vai custar este "mais tempo"? Que contas fez o governo sobre isso? (Bloco de Esquerda) Comentário: este é de facto o grande enigma desta encenação (que esconde o cerne da questão, o falhanço da política e a incompetência deste governo); mas como não podemos confiar nem no primeiro-ministro nem no ministro das finanças, temos obviamente que esperar que alguém se digne um dia destes explicar aos portugueses esta questão. Mas explicar como se fôssemos todos criancinhas com 6 anos e não os tontos como o Gasparzinho nos toma a todos.
2ª pergunta não respondida: vai ou não o governo de coligação manter a intenção de cortar 4 mil milhões de euros na despesa pública de acordo como calendário inicialmente previsto? (PS) Comentário: obviamente que vai. Aliás o Económico confirma-o hoje e a SIC também noticiou que o FMI e o governo já acordaram todos os cortes. Mas racionalmente, será que alguém acredita que estas tretas do Gaspazinho, estes embustes para nos "comer" a todos, a treta do financiamento da economnia e não sei que mais, tem alguma coisa a ver com o compromisso assumido pelo governo (mas não diz) de manter tudo na mesma porque sem isso não havia extensão de tempo coisa nenhuma?
3ª pergunta não respondida: podemos vir a ter os cortes da despesa do estado mais faseados, ao longo do tempo, face às novas condições que nos foram dadas? (CDS). Calma aí! Não é Paulo Portas quem vai apresentar o guião desses cortes? Afinal o líder parlamentar do CDS pergunta ao Coelho o que devia ter perguntado antes ao Portas... O que se passa é que o CDS parece estar a ensaiar outra estratégia de "distanciamento" face ao governo e à austeridade (no que aos cortes da despesa do estado diz respeito). E, já agora, face às notícias hoje divulgadas (Económico e SIC) será que não se confirma que a treta da comissão parlamentar que o PSD do maçónico Montenegro tanto queria, não passava afinal de um embuste para arranjar à força "aliados" para que o governo de coligação se safasse e não seja responsabilizado em exclusivo por essas decisões? Qual comissão qual carapuça. Qual discussão? Está tudo decidido. E decidido como sempre esteve previsto, na mesa das negociações e por imposição da troica (LFM)