Escrevem os jornalistas do Económico, Alberto Teixeira e Eudora Ribeiro que "Passos Coelho diz que o Governo não antecipa para já a necessidade de mais medidas de austeridade, mas não pode "jurar". "Nesta altura não temos necessidade de considerar medidas adicionais, mas não posso jurar que não sejam precisas mais medidas de austeridade", disse hoje o primeiro-ministro em entrevista à TVI. Para Passos Coelho, nenhum primeiro-ministro responsável pode assegurar a 100% que não existirão novas medidas de austeridade. Passos deixou, no entanto, a garantia de que o Orçamento Rectificativo, que será aprovado amanhã em Conselho de Ministros, "não inclui mais medidas de austeridade para os portugueses", acrescentando que isto não quer dizer que não serão aplicadas outras medidas, nomeadamente ao nível da despesa pública. "A situação de emergência vai durar todo o ano. Há riscos e as coisas não estão garantidas, temos de trabalhar todos os dias para cumprir as metas", frisou o chefe do Governo, ressalvando que "não vende ilusões aos portugueses". Na mesma entrevista, Passos Coelho comentou ainda os números da execução orçamental, dizendo que, "neste momento, não existe risco de derrapagem das contas públicas" e assegurando que o Governo está a "fazer tudo para cumprir o programa de ajuda internacional". Sobre o regresso aos mercados, previsto para Setembro do próximo ano, o primeiro-ministro considerou que é "tranquilizador" saber que a ajuda internacional será mantida "se alguma coisa exterior impedir Portugal de regressar aos mercados".
Sem comentários:
Enviar um comentário