quinta-feira, março 29, 2012

Irlanda quer adiar pagamento de 3 mil milhões de dívida

Segundo a Agência Financeira/TVI, "Dublin teria de pagar até ao final deste mês uma dívida de 3 mil milhões de euros, ao banco central, porém um acordo com as autoridades europeias permitirá adiar o pagamento, usando títulos de dívida de longo prazo, como avança esta qurta-feira, a agência Reuters. O presidente do banco central irlandês, Patrick Honohan, confia na possibilidade de o Governo chegar a um acordo com a União Europeia que permita suavizar os encargos assumidos pelo Estado para resgatar os bancos. O valor total da dívida ascende a 31 mil milhões de euros em notas promissórias emitidas em 2010 pelo anterior executivo para garantir liquidez e que acabaram por ser usadas na recapitalização das falidas instituições: «Anglo Irish Bank» e a «Irish Nationwide Building Society», agora reunidas na Irish Bank Resolution Corporation (IBRC). O Estado irlandês já fez um primeiro pagamento, no ano passado, mas teria de fazer um segundo até ao fim deste mês, no valor real de 3.060 milhões de euros, ao Banco Central da Irlanda, que foi quem fez os empréstimos de emergência, com o aval do Banco Central Europeu, expoente máximo da banca europeia. Ontem, o presidente do banco central irlandês disse ao parlamento: «Ainda há algumas questões técnicas em aberto, mas parece-nos que os nossos esforços serão bem sucedidos», depois de ter afirmado que «os pagamentos anuais associados às notas promissórias se tornaram num risco para estabilidade financeira da Irlanda». O plano de reembolso acordado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional prevê que Dublin entregue cerca de três mil milhões de euros a cada ano, durante os próximos 12 anos, financiar as notas promissórias. No entanto, é aplicada uma taxa de juro anual o que totaliza os encargos em 17 mil milhões de euros, atendendo aos números adiantados pelo Governo. Agora a solução passa pela entrega de dívida pública de longo prazo. A intenção é entregar títulos que estão no balanço do IBRC, a vencer em 2025 com rendibilidade na casa de 6,8%, adianta o «Irish Times». Sem revelar números, Honohan disse aos parlamentares que esta solução representa uma «melhoria considerável e com um custo líquido muito inferior» ao actualmente previsto".

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