Já tive oportunidade de aqui escrever que acho que não existem condições para que o PSD da Madeira se faça representar no Congresso Nacional. Sempre me disseram que quando nos sentimos a mais nem devemos comparecer. O somatório de vários factos, fazem com que essa participação acabe por ser uma enorme hipocrisia. Quando escrevi que entendia que o PSD da Madeira não se devia fazer representar e que devia boicotar as “directas” obviamente que estava certo que ficaria isolado, porque há uma diferença entre defender-se princípios que me parecem mais dos que óbvios e uma perspectiva que assenta na disputa de lugares em listas candidatas a lugares e coisas do género como se isso fosse uma mais-valia para a Região e a estrutura partidária regional. O PSD da Madeira não vai boicotar a reunião – decidiu, está decidido – não serão dadas orientações nenhumas aos filiados que assim fazem o que bem entenderem. As “directas” estarão a funcionar, vota quem entender. Os lugares a que o PSD da Madeira tem direito como delegados certamente que serão ocupados por quem entender que temos todas as condições para marcarmos presença naquela reunião que, em meu entender, mais não é que o cumprir uma disposição estatutária e estender a carpete vermelha para que os que ainda se encontram na liderança do partido por lá passem. Reafirmo o que disse: recuso votar nas “directas” e nunca me sentaria num congresso nacional de um partido que tem hostilizado o PSD da Madeira e que em relação à Madeira mostra uma agressividade nunca antes vista. E daqui não saio, gostem ou não de ouvir ou de ler o que penso. Mas sendo – e sou – um homem de partido, que defende os partidos, limito-me a respeitar as decisões tomadas, pelo que aceito o facto de, nesta contestação pelos vistos solitária, ficar completamente isolado. Pouco me importa. Ao menos fico com a consciência tranquila, o que para mim é o mais importante.
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