Li no DN de Lisboa que "a Carris continua a aguardar a obtenção de um aval do Estado para um empréstimo no montante de 110 milhões de euros, disse hoje à Lusa o presidente da transportadora, sendo forçado a procurar "outras soluções". "Ainda não temos esse aval. A empresa tem encontrado outras soluções que lhe permitem sobreviver", afirmou à Lusa José Manuel Silva Rodrigues. Escusando-se a adiantar as "soluções" que a empresa tem encontrado para contornar esta situação, o presidente da Carris disse que o assunto está a ser "alvo de análises" por parte dos ministérios das Finanças e da Economia e Emprego (que tutela o sector dos transportes). No relatório e contas referente a 2010, a Carris afirmava que, "para fazer face às [suas] responsabilidades" este ano, seria "indispensável a obtenção de um empréstimo com aval do Estado no montante de 110 milhões de euros". A empresa explicava, no mesmo documento, que na sequência das operações de consolidação da dívida de curto prazo realizadas em 2005, 2006, 2009 e também em 2010, teriam de ser realizados "desembolsos significativos que requerem novas operações de consolidação com aval do Estado". Estes desembolsos ascendem a 74,6 milhões de euros este 2011 e a 67,2 milhões de euros em 2012. Em 2013 serão de 84,8 milhões de euros, em 2014 de 84,9 milhões e em 2015 de 91,0 milhões de euros. A Carris fechou 2010 com capitais próprios negativos de 775,5 milhões de euros e a dívida da transportadora aumentou 6,94 por cento, situando-se nos 673,6 milhões de euros. No ano passado, a Carris também viu o seu prejuízo agravar-se, passando de 41,5 milhões de euros para 42,2 milhões de euros. Em Abril, o Governo garantiu o cumprimento de um empréstimo obrigacionista de 300 milhões de euros à Refer e em Agosto o pagamento de uma dívida de 200 milhões de euros do Metro do Porto à banca”.
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