sábado, agosto 15, 2020

Brexit de sucesso pode abrir a porta a novos divórcios da UE? Saiba o que dizem Itália, França, Espanha e Alemanha


Como reagirão as quatro principais economias europeias a um Brexit de sucesso? Será que estariam interessadas em seguir um caminho semelhante ou recusam de todo a possibilidade de deixar a União Europeia? Uma sondagem da Redfield and Wilton Strategies para a Euronews mostra que Itália apresenta a maior probabilidade de considerar uma saída da comunidade na eventualidade de o Reino Unido comprovar os benefícios do divórcio. Quase metade dos italianos inquiridos estaria disponível para apoiar a saída do país da União Europeia. Isto sob a condição de o Reino Unido estar de boa saúde no prazo de cinco anos. A Euronews lembra que os resultados da sondagem chegam apenas semanas depois de o antigo jornalista de televisão Gianluigi Paragone ter lançado o Italexit, um partido que defende precisamente a saída de Itália da União Europeia. França e Espanha, por seu turno, mostram um apoio moderado, ao passo que a Alemanha se apresenta como o Estado-membro do grupo dos “quatro grandes” menos inclinado a considerar sequer a hipótese de sair.

A Euronews quis também saber o que pensavam os cidadãos de Itália, França, Espanha e Alemanha sobre os efeitos a longo prazo do Brexit no Reino Unido: 45% dos franceses e 43% dos italianos concordou que o Reino Unido irá prosperar fora da comunidade no futuro, mesmo que enfrente alguns problemas económicos numa primeira fase. Também aqui, os alemães são os que menos acreditam num futuro risonho para o Reino Unido pós-Brexit.
E o que acham os “quatro grandes” do impacto que a União Europeia teve até agora nas respectivas economias e sociedades? 32% dos italianos concorda que ser um Estado-membro teve efeitos positivos ou muito positivos, ainda que 34% considere que haja um impacto negativo a considerar. Itália é, entre os países analisados, aquele que apresenta uma maior percentagem de pessoas que acredita que houve um impacto negativo.
Em Espanha, por outro lado, 57% dos inquiridos afirma que fazer parte da UE teve um efeito positivo, o que contrasta com os 15% que apontam para efeitos negativos. Na Alemanha, 49% dá conta de efeitos positivos; em França, 39% diz o mesmo.
A curto prazo, a mesma sondagem mostra alguma esperança para a União Europeia. Se tivessem de votar em breve num referendo que decidisse a continuação ou não do respectivo país na comunidade, 67% dos alemães escolheria ficar. O mesmo aconteceria com 43% dos italianos, 47% dos franceses e 63% dos espanhóis (Executive Digest)

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