Emanuel Câmara, Presidente da Câmara do Porto Moniz, acaba de defender, na sessão solene do 1 de Julho, uma revisão da lei eleitoral regional contestando a existência de um círculo único, preconizando uma maior proximidade entre eleitores e eleitos só possível com o regresso aos círculos de âmbito regional que aproximam os eleitores de cada um deles aos seus candidatos próximos, no fundo numa lógica correta do que deve ser a democracia participativa. Trata-se de facilitar um relacionamento mais próximo e efetivo entre as populações de cada um dos concelhos aos seus candidatos próprios. O círculo único, para além de distanciar eleitos eleitores, funciona à base dos "favores" porque tratando-se de listas únicas de âmbito regional é inevitável que os candidatos dos concelhos fora do Funchal muitas vezes sejam preteridos na lista a favor da "entourage" urbana e elitista. Portanto, o que Emanuel Câmara defendeu hoje, subscrevo, por uma razão muito simples: nunca fui apoiante do círculo único que hoje vigora nas eleições regionais, desde 2007.
