terça-feira, julho 22, 2014

Repórter da Sky News admite ter errado na Ucrânia

Segundo o DN de Lisboa, "Colin Brazier, que mostrou em direto e remexeu o interior de uma mala que se encontrava junto dos pertences das vítimas do acidente aéreo, ocorrido dia 17 de julho, mostra agora o seu arrependimento. A controvérsia gerada a partir da forma como conduziu a reportagem no local do acidente levou a que Brazier escrevesse um pedido de desculpa sobre o sucedido, admitindo num artigo publicado no jornal The Guardian: "Se houver alguém a quem tenha de pedir desculpa pessoalmente, eu faço-o". No artigo intitulado "MH17: o meu erro de julgamento", publicado esta manhã no jornal britânico pelo próprio, Brazier conclui: "Apercebi-me tarde demais que estava a passar do limite. Eu pensei alto: "nós não devíamos estar a fazer isto... é um erro", um pedido de desculpa instantâneo (...)". Colin Brazier menciona o facto de ter sido julgado como sendo exemplo de um "abutre jornalístico", movido pela ganância de informação. Segundo o New York Daily News, a sua intenção era mostrar imagens das pilhas de bagagens à beira da estrada e espalhadas naquele campo. No entanto, o repórter britânico começou a dar destaque e a mexer em alguns pertences, nomeadamente uma mala cor-de-rosa que indicava ser de criança. Este acontecimento aborreceu os espectadores, que acusaram a Sky News de violar a privacidade de 298 vítimas do voo da Malaysia Airlines, resultando em 110 queixas à Ofcom; a entidade reguladora admite não saber se será aberta uma investigação. Entretanto, a Sky News emitiu um comunicado em defesa de Brazier, onde se lê: "Enquanto apresentava o local do acidente do MH17, Colin Brazier refletiu sobre a tragédia e mostrou aos espectadores o conteúdo da mala de uma das vítimas. (...) O Colin reconheceu imediatamente que isto era inapropriado e disse-o no ar. Tanto ele como a Sky News pedimos desculpa pela ofensa causada". O repórter foi altamente criticado, inclusivamente por colegas de profissão, como foi o caso de Shelagh Fogarty, repórter de rádio da BBC que escreveu na sua conta de Twitter: "Aqueles itens são agora sagrados para os familiares das vítimas. Apenas terrível"