sexta-feira, junho 20, 2014

Futebol: países com mais pergaminhos (?) arredados do título mundial



Os países europeus com maiores pergaminhos no futebol - Itália, Inglaterra (eliminada), Espanha (eliminada) - mostraram neste Mundial-2014 que não têm hoje jogadores de categoria mundial, daqueles que mostrem em campo que são capazes de fazer a diferença. O problema é que esta realidade futebolística desses países, que entretanto adormecem à sombra de sucessos anteriores, é disfarçada com a importação pelos principais clubes das respectivas Ligas nacionais, dos melhores futebolistas do mundo que dão do futebol desses países uma pujança e uma classe que na realidade, quando atuam ao nível das seleções, não têm. Neste contexto, temos em Portugal também uma situação concreta que decorre do facto - o problema vai colocar-se quando nos confrontarmos com a  inevitável e urgente renovação na seleção nacional que o Mundial-2014 confirmou ser incontornável - dos nossos principais clubes apresentarem, se não na totalidade dos jogos da nossa Liga pelo menos na sua esmagadora maioria, uma  equipa-base sem um jogador nacional que seja. Este desfasamento é compensado com os jogadores, de indiscutível valor europeu e mundial, que "exportamos" para muitos clubes estrangeiros. Mas a este nível as coisas começam a ficar complicadas, porque os anos não perdoam. Daí a importância da formação e das academias. Custam dinheiro, é certo, exigem infraestruturas, mas o futuro do nosso futebol passa por aí. E não pela palermice absurda de termos equipas de juvenis ou juniores inundadas de jogadores estrangeiros (!). Porque os clubes querem abastecer rapidamente as suas equipas principais e estão pouco inclinados a perder tempo com a formação que nem sempre propicia resultados imediatos.