quarta-feira, junho 11, 2014

Europa vaiu mudar? Novo ministro das Finanças finlandês diz que austeridade ignorou dimensão social...

Segundo o Jornal de Negócios, "a austeridade nos países em dificuldades da Zona Euro não tem sido razoável, segundo Antti Rinne, o novo ministro das Finanças da Finlândia. O foco deve ser o crescimento económico, alerta. É um antigo crítico das medidas de austeridade mas, agora, é ele que está à frente das Finanças da Finlândia. Antti Rinne, 51 anos, afirmou esta quarta-feira, 11 de Junho, em entrevista ao jornal Helsingin Sanomat, citado pela agência Bloomberg, que as políticas de austeridade impostas nos países em dificuldade da Zona Euro ignoraram a dimensão social. Na mesma entrevista, Rinne (na foto), que substituiu no cargo Jutta Urpilainen na semana passada, acrescentou que o impacto das medidas de austeridade na Zona Euro não é razoável. Dirigente sindical, o agora governante tem sido um forte crítico de medidas de austeridade, frisando que é necessário virar para as políticas para o crescimento económico.
"Temos de nos focar no crescimento económico", disse ao jornal finlandês o mesmo responsável, que é agora o líder dos sociais-democratas depois de ter derrotado Urpilainen na liderança do segundo maior partido do governo de coligação. Na sequência dessa derrota, a então governante, que defendia que a Finlândia não se quer responsabilizar de forma colectiva pelo risco da dívida dos países em dificuldades, renunciou ao cargo que ocupava no Executivo.  Rinne tem afirmado que a sua prioridade é a criação de empregos no país, que "não está muito bem" no que diz respeito à economia. O produto interno bruto da economia escandinava contraiu 0,4% no primeiro trimestre de 2014, o que ficou em linha com o esperado pelos analistas, mas representa um agravamento face à quebra de 0,2% da economia um trimestre antes. Como relembra a agência de informação, o último trimestre em que a Finlândia verificou crescimento foi nos primeiros três meses de 2012, há exactamente dois anos.
A Finlândia foi um dos países que assumiu uma posição mais rígida na participação na assistência financeira a outros países, nomeadamente ns exigência de garantias àqueles que estavam a ser ajudados, como no segundo resgate à Grécia Sobre uma eventual futura ajuda a Atenas, como uma flexibilização das condições impostas no resgate, Antti Rinne argumentou que a "instabilidade também não é do interesse dos finlandeses". Além do ministro das Finanças, também o primeiro-ministro finlandês vai mudar. Jyrki Katainen anunciou em Abril que vai abandonar, em Junho, aquela função, deixando também a liderança do conservador Partido da Coligação Nacional. A especulação tem indicado que poderá candidatar-se a um cargo europeu"