quarta-feira, junho 04, 2014

EUA: O trauma pode-se experimentar?

O mais novo museu de Nova Iorque quer lembrar o que não pode ser esquecido numa grandiosa encenação do trauma. Familiares de vítimas, nova-iorquinos, americanos, estrangeiros, vivem-no cada um de um modo particular. É a memória colectiva feita a partir de estilhaços individuais. O que há para ver que ainda não tivesse sido mostrado? A pergunta é repetida em muitas línguas, tem várias formulações, mas está implícita em quase todas as conversas de quem tenta entrar no mais novo museu de Nova Iorque. Em todos parece haver um não saber estar num sítio como aquele. O que pensar perante a bandeira americana remendada que há quase 13 anos andou durante dias pelo chão, entre os destroços das torres caídas, e é agora estendida por polícias e bombeiros? Faz-se silêncio no acto simbólico a marcar o dia da inauguração (leia aqui a reportagem da jornalista do Público, Isabel Lucas)