O governo de coligação está desesperado. Pois está. Porque começamos a perceber que tudo começou com a opção tomada sobre a treta da saída limpa sabendo que não tínhamos condições, que corríamos riscos e que havia decisões do Tribunal Constitucional que estavam pendentes. Mesmo assim numa atitude provocatória, o governo de coligação resolveu ir em frente, consciente de que a "saída limpa" era o cenário que escondia muita demagogia e oculta a verdade. A mentira e a manipulação têm sido as bandeiras desta corja. Por isso, quando é confrontado com o último (e esperado) acórdão do TC, que nem constituiu uma surpresa, entra em parafuso. Porque o este governo de medíocres - que só saber governar contra a Constituição e com base na roubalheira instituída por decreto - não sabe que fazer, porque teme que as pessoas percebam, na sua lentidão por vezes patética e deprimente, que afinal eles tomaram a atitude menos recomendável, mais aventureira e determinada por objetivos de propaganda política e eleitoralistas. Só por desespero de quem falsamente se afirma surpreendido com a decisão - depois de três orçamentos de estado com ilegalidades e de dois retificativos com inconstitucionalidades, qual é a surpresa? - é que se percebe estes ataques a um órgão de soberania, particularmente a declaração do Coelho: "as prerrogativas desvirtuadas do Constitucional não se resolvem acabando com este tribunal, mas escolhendo melhores juízes".
Segundo Passos, "como é que uma sociedade com transparência e maturidade democrática pode conferir tamanhos poderes a alguém que não foi escrutinado democraticamente?". E acrescentou: "Não temos sido tão exigentes quanto deveríamos ter sido".
Pergunta-se: por acaso a esmagadora maioria destes ministros e secretários de estado que fazem parte da palhaçada liderada por Coelho, foram eleitos democraticamente pelos portugueses? Quais são os mecanismos que os portugueses têm ao seu dispor para julgarem estes ministros e estes secretários de estado e as suas políticas, não de 4 em 4 anos, quando as patifarias estão feitas e o mal concretizado, mas com uma outra periodicidade?
Quais os mecanismos que os portugueses têm para penalizarem prontamente primeiros-ministros que mentem descaradamente fazendo um discurso em campanha eleitoral e fazendo depois de eleitos exatamente o contrário?
Qual a diferença entre juízes do TC eleitos na Assembleia da República - instituição democraticamente eleita pelos cidadãos - graças a acordos entre partidos, e os ministros e secretários de estado que não foram candidatos a coisa nenhuma, que ninguém os conhecia e que são escolhidos por partidos que ganham eleições com listas de candidatos (deputados) das quais não faziam parte a esmagadora maioria dos governantes?
Segundo Passos, "como é que uma sociedade com transparência e maturidade democrática pode conferir tamanhos poderes a alguém que não foi escrutinado democraticamente?". E acrescentou: "Não temos sido tão exigentes quanto deveríamos ter sido".
Pergunta-se: por acaso a esmagadora maioria destes ministros e secretários de estado que fazem parte da palhaçada liderada por Coelho, foram eleitos democraticamente pelos portugueses? Quais são os mecanismos que os portugueses têm ao seu dispor para julgarem estes ministros e estes secretários de estado e as suas políticas, não de 4 em 4 anos, quando as patifarias estão feitas e o mal concretizado, mas com uma outra periodicidade?
Quais os mecanismos que os portugueses têm para penalizarem prontamente primeiros-ministros que mentem descaradamente fazendo um discurso em campanha eleitoral e fazendo depois de eleitos exatamente o contrário?
Qual a diferença entre juízes do TC eleitos na Assembleia da República - instituição democraticamente eleita pelos cidadãos - graças a acordos entre partidos, e os ministros e secretários de estado que não foram candidatos a coisa nenhuma, que ninguém os conhecia e que são escolhidos por partidos que ganham eleições com listas de candidatos (deputados) das quais não faziam parte a esmagadora maioria dos governantes?