segunda-feira, junho 09, 2014

Barómetro Jornal I/Pitagórica: António Costa preferido por 60% para líder do PS

Diz o Jornal I que "António Costa é o homem que a larga maioria dos inquiridos gostaria de ver à frente do PS. Seguro tem repetido que foi ele o eleito para comandar as hostes socialistas, mas, entre os eleitores, a preferência recai claramente sobre o presidente da câmara de Lisboa, de acordo com o barómetro i/Pitagórica de Junho. A menos de um ano e meio das eleições legislativas - admitindo que o calendário eleitoral se cumpre como previsto -, mais de seis em cada dez inquiridos (60,5%) confessa que António Costa seria "melhor líder do PS, neste momento". Seguro chegou à liderança do partido em 2011, com a saída de José Sócrates. Costa esteve para avançar desde essa hora, mas a principal autarquia do país serviu de pretexto para que o ex-ministro tivesse recuado. No início do ano passado, segunda falsa partida. Em Janeiro, quando já tudo se posicionava no PS para que Costa defrontasse Seguro na disputa pela liderança, o autarca recuou. O Documento de Coimbra e alguns lugares na Comissão Nacional para os opositores internos apaziguaram o clima. Até ao final do mês de Maio. Hoje, no entanto, Seguro não colhe o apoio de mais de 18,2% dos inquiridos, quando se trata de escolher aquele que seria o melhor líder socialista para o momento que o país atravessa. É menos de um terço do número de inquiridos que assume a preferência por Costa.
ELEIÇÕES, JÁ!
O actual secretário-geral socialista acabou por assumir o papel de principal rosto da oposição a um governo que conduziu o país ao longo de três anos de aperto financeiro contínuo e progressivo. Mas, com o salto em frente de António Costa, esse tempo terá chegado ao fim, na opinião de quase dois terços dos inquiridos. O presidente da câmara de Lisboa avançou para disputar o leme do partido; Seguro elevou o tom - "Habituem-se, porque isto mudou" - e surpreendeu, ao propor eleições primárias, não para secretário-geral, mas para o lugar de candidato a primeiro-ministro do PS. Entre ajustes de posição, vão passando os dias, e isso não agrada aos eleitores. A maioria (56,3%) defende a marcação de eleições internas imediatas. Nesse capítulo de gestão do calendário socialista, apenas 29,2% entende que o secretário-geral em funções deve permanecer no cargo até ao próximo ano, dando a Seguro a possibilidade de disputar o cargo de primeiro-ministro em eleições legislativas. Com a defesa de primárias, Seguro procurou dar um sinal de confiança na sua eleição porque os portugueses conhecem as suas propostas para o país. Mas, entre os inquiridos que querem ver Costa e Seguro num frente-a- -frente no curto prazo, destaca-se o facto de estarem sobretudo os eleitores que, em 2011, votaram PS ou CDU.
NÚMERO DOIS ASSUME POSIÇÃO
Uma das questões que fica em aberto, caso António Costa seja o escolhido, num confronto directo com António José Seguro (seja para o lugar de secretário-geral, seja o de candidato a primeiro-ministro pelo partido), é a da liderança da câmara de Lisboa. Costa tinha acabado de dar o passo em frente na disputa do PS e já o PSD reclamava, na capital, eleições intercalares. Mas 33,2% dos inquiridos consideram que o autarca deve "manter-se na câmara, cumprindo o mandato para que foi eleito". Pelo menos, manter-se até 2015, altura em que Costa teria de disputar as legislativas em nome do PS. A segunda escolha chama ao primeiro plano autárquico Fernando Medina. O número dois de António Costa em Lisboa, actualmente com responsabilidades na gestão financeira da capital, é a escolha de 28,7% dos portugueses para ocupar o lugar eventualmente deixado vago. Um pouco abaixo, a última opção é mesmo a que dá corpo às exigências do PSD. Apenas 22,1% dos inquiridos defendem a realização de eleições intercalares para a câmara de Lisboa"