segunda-feira, março 10, 2014

Sondagem Jornal I /Pitagórica: sete em cada dez dizem que Portugal não deve fugir às suas dívidas



Segundo o Jornal I,”se Portugal não pagasse as suas dívidas às entidades internacionais - o que poderia significar a sua saída da zona euro - seria "mau" ou "muito mau". Segundo a sondagem i/Pitagórica, esta é a posição de quase 72% dos portugueses. No total só 6,3% dos inquiridos considera que essa seria uma medida "boa" ou "muito boa". A percentagem dos que "não sabem" ou "não respondem" foi superior: 6,5%. Na prática isso significa que, em cada dez inquiridos, sete consideram que fugir às dívidas seria uma medida incorrecta que, a ser tomada, poderia acarretar consequências negativas para o País. Os homens, entre os 18 e os 34 anos, das classes sociais média baixa e baixa são os que, de acordo com a sondagem i/Pitagórica, se mostram mais contrários a esta solução. Entre os portugueses sondados, 40,3% diz considerar que a fuga às dívidas contraídas junto de entidades internacionais seria uma má medida e 31,5% vai ainda mais longe - garante que seria uma medida "muito má". A percentagem dos que defendem que Portugal não deveria pagar as suas dívidas, independentemente de estar em causa a permanência no Euro, é muito inferior. Dois por cento acha que isso seria uma medida "muito boa" e 4,3% considera que seria "boa". O Bloco de Esquerda reclama a renegociação dos prazos, juros e montantes da dívida e o corte na totalidade do pagamento de juros do empréstimo da 'troika'. O PCP também já fez saber que defende "o fim da ingerência externa" e "a renegociação da dívida". Já o secretário-geral do PS, António José Seguro, propõe uma mutualização de parte da dívida de Portugal e de outros Estados-membros (desde que superior a 60%). Ou seja, a Europa encarregava-se de "gerir" essas dívidas. Seguro considera que - devido à redução das taxas de juro - a consequência seria um menor pagamento pela dívida nacional e uma descida do défice”.