Já agora, uma nota pessoal: se fosse assessor de imprensa porventura teria recomendado que as coisas fossem geridas de uma outra forma, sobretudo em termos de calendarização das iniciativas, dissociando, por exemplo, o anúncio formal de uma candidatura, da divulgação de uma espécie de manifesto eleitoral - ou proposta de programa. Não é o facto de se apresentar primeiro seja o que for que faz com que tenhamos o melhor documento. Por isso, a minha opinião, ressalvando que não estou com a criticar as opções tomadas, teria porventura sido diferente, pelo simples facto de que para as bases do PSD da Madeira a prioridade política neste momento, compreensivelmente, são as europeias.
Finalmente, enquanto assessor de um potencial candidato - até para desmistificar o carácter elitista destas disputas - teria sugerido insistentemente que a divulgação do manifesto eleitoral fosse feita noutra iniciativa separada - uma cosia é a justificação política de uma candidatura, outra coisa é desenvolver as ideias essenciais constantes de um manifesto a propor aos militantes em primeira instância e aos madeirenses depois, em caso de vitória.
Se estes dois momentos fossem, como acho que teriam que ser, separados temporalmente, haveria certamente a oportunidade para desfrutar de tempo suficiente para promover uma série de contacto com as bases do partido para perceber quais as suas preocupações, prioridades e opiniões. Isto levaria a que qualquer manifesto ou proposta de programa, para além do cunho e da "marca" pessoal, que necessariamente tem que haver, refletiria obviamente o pensar e as opiniões das bases do partido mais profundo. Neste momento é isto que me parece faltar. Há que desmistificar a ideia de que nesta fase, os manifestos ou propostas de programa são feitos em gabinetes, por pequenos núcleos de pessoas, porventura distantes do partido real e do sentimento e do pulsar dos militantes, sem conhecerem o que pensam e ambicionam as bases do partido. Mas cada um tem a sua opinião e a minha não tem forçosamente que ser igual à de mais ninguém.
Razão teve, por isso, o meu companheiro de partido Armando Abreu - outro dos elementos que integram a lista dos militantes com 40 anos de filiação no PSD - quando no Conselho Regional de sábado defendeu que não é às bases nem ao PSD profundo que se tem que pedir contenção e unidade. É ao PSD mais elitista e urbano que essa demanda tem que ser feita.
Finalmente, enquanto assessor de um potencial candidato - até para desmistificar o carácter elitista destas disputas - teria sugerido insistentemente que a divulgação do manifesto eleitoral fosse feita noutra iniciativa separada - uma cosia é a justificação política de uma candidatura, outra coisa é desenvolver as ideias essenciais constantes de um manifesto a propor aos militantes em primeira instância e aos madeirenses depois, em caso de vitória.
Se estes dois momentos fossem, como acho que teriam que ser, separados temporalmente, haveria certamente a oportunidade para desfrutar de tempo suficiente para promover uma série de contacto com as bases do partido para perceber quais as suas preocupações, prioridades e opiniões. Isto levaria a que qualquer manifesto ou proposta de programa, para além do cunho e da "marca" pessoal, que necessariamente tem que haver, refletiria obviamente o pensar e as opiniões das bases do partido mais profundo. Neste momento é isto que me parece faltar. Há que desmistificar a ideia de que nesta fase, os manifestos ou propostas de programa são feitos em gabinetes, por pequenos núcleos de pessoas, porventura distantes do partido real e do sentimento e do pulsar dos militantes, sem conhecerem o que pensam e ambicionam as bases do partido. Mas cada um tem a sua opinião e a minha não tem forçosamente que ser igual à de mais ninguém.
Razão teve, por isso, o meu companheiro de partido Armando Abreu - outro dos elementos que integram a lista dos militantes com 40 anos de filiação no PSD - quando no Conselho Regional de sábado defendeu que não é às bases nem ao PSD profundo que se tem que pedir contenção e unidade. É ao PSD mais elitista e urbano que essa demanda tem que ser feita.