Segundo o DN de Lisboa, no total, os maiores bancos privados fecharam o primeiro semestre com prejuízos de 636 milhões de euros. Abrandamento económico provoca quebra na concessão de crédito e nas comissões. Só os depósitos cresceram. A banca privada está a refletir o estado de saúde da economia do País – a recessão teve um forte impacte na concessão de crédito a empresas e particulares e resultou num aumento de imparidades e provisões, penalizando receitas. Contas feitas, os quatro maiores bancos privados portugueses fecharam o primeiro semestre do ano com prejuízos de 636 milhões de euros, mais 71% do que em igual período do ano passado. São nada menos de 3,5 milhões euros de perdas por dia.
A contribuir negativamente para estes resultados estiveram as contas do BCP e do BES. Apesar de ter reduzido as perdas, o banco liderado por Nuno Amado acabou os primeiros seis meses com prejuízos de 488 milhões de euros; a instituição presidida por Ricardo Salgado passou de lucros para prejuízos de 237 milhões. Ou seja, BPI e Santander Totta foram os únicos a fechar o semestre com ganhos, ainda que muito menos do que na primeira metade do ano passado. Na análise aos vários indicadores dos resultados há um denominador comum: quebra. Desde a margem financeira ( diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos) ao produto bancário, passando pelas comissões e crédito concedido, os bancos privados viram os números recuar face a igual período do ano passado. A descida mais significativa foi a da margem financeira, que recuou 24%, caindo para 1,3 mil milhões de euros, sendo seguida de perto pelo produto bancário ( o equivalente a receitas), que baixou 23% no primeiro semestre, somando 2,8 mil milhões de euros. Menos fortes foram as quebras do crédito a clientes (- 4%) e das comissões bancárias (- 2%). Em sentido inverso, e a espelhar a necessidade de poupança das famílias e das empresas face ao atual contexto económico, os depósitos foram o único indicador das contas dos bancos a transmitir um sinal positivo – cresceram 6%, ascendendo a 129 mil milhões de euros. Mas o saldo negativo do sector privado não se resume apenas a estes dados. A penalizar os resultados estiveram ainda o fraco contributo da atividade internacional, o aumento de imparidades com crédito ou com operações, bem como o custo de vários milhões de euros relacionados com os juros devidos ao Estado por causa dos CoCos ( instrumentos híbridos de capital que foram subscritos pelo Tesouro no âmbito do processo de recapitalização). Certo é que, apesar dos números negativos, a banca continua a apresentar níveis confortáveis em termos posição de solvência e de liquidez, com rácios de capital acima do exigido pelo Banco de Portugal e pelas autoridades europeias. Depois de BPI, BES e BCP, o Santander Totta fechou ontem o ciclo de apresentação de resultados dos maiores bancos privados portugueses. A instituição financeira liderada por António Vieira Monteiro viu os lucros recuarem para metade no primeiro semestre deste ano face ao período homólogo, para os 30,9 milhões de euros. Tal como os rivais, o Totta também viu a margem financeira recuar, assim como o crédito e as comissões. Apesar de alertar que o banco “não irá ter os resultados que teve no ano passado”, o presidente do Santander Totta espera que as contas continuem a ser positivas até ao final do ano.
A contribuir negativamente para estes resultados estiveram as contas do BCP e do BES. Apesar de ter reduzido as perdas, o banco liderado por Nuno Amado acabou os primeiros seis meses com prejuízos de 488 milhões de euros; a instituição presidida por Ricardo Salgado passou de lucros para prejuízos de 237 milhões. Ou seja, BPI e Santander Totta foram os únicos a fechar o semestre com ganhos, ainda que muito menos do que na primeira metade do ano passado. Na análise aos vários indicadores dos resultados há um denominador comum: quebra. Desde a margem financeira ( diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos) ao produto bancário, passando pelas comissões e crédito concedido, os bancos privados viram os números recuar face a igual período do ano passado. A descida mais significativa foi a da margem financeira, que recuou 24%, caindo para 1,3 mil milhões de euros, sendo seguida de perto pelo produto bancário ( o equivalente a receitas), que baixou 23% no primeiro semestre, somando 2,8 mil milhões de euros. Menos fortes foram as quebras do crédito a clientes (- 4%) e das comissões bancárias (- 2%). Em sentido inverso, e a espelhar a necessidade de poupança das famílias e das empresas face ao atual contexto económico, os depósitos foram o único indicador das contas dos bancos a transmitir um sinal positivo – cresceram 6%, ascendendo a 129 mil milhões de euros. Mas o saldo negativo do sector privado não se resume apenas a estes dados. A penalizar os resultados estiveram ainda o fraco contributo da atividade internacional, o aumento de imparidades com crédito ou com operações, bem como o custo de vários milhões de euros relacionados com os juros devidos ao Estado por causa dos CoCos ( instrumentos híbridos de capital que foram subscritos pelo Tesouro no âmbito do processo de recapitalização). Certo é que, apesar dos números negativos, a banca continua a apresentar níveis confortáveis em termos posição de solvência e de liquidez, com rácios de capital acima do exigido pelo Banco de Portugal e pelas autoridades europeias. Depois de BPI, BES e BCP, o Santander Totta fechou ontem o ciclo de apresentação de resultados dos maiores bancos privados portugueses. A instituição financeira liderada por António Vieira Monteiro viu os lucros recuarem para metade no primeiro semestre deste ano face ao período homólogo, para os 30,9 milhões de euros. Tal como os rivais, o Totta também viu a margem financeira recuar, assim como o crédito e as comissões. Apesar de alertar que o banco “não irá ter os resultados que teve no ano passado”, o presidente do Santander Totta espera que as contas continuem a ser positivas até ao final do ano.