Segundo o DN de Lisboa, num texto da jornalista Sofia Fonseca, “a nova
assessora do Papa Francisco é jovem e bonita mas está no centro da polémica por
causa daquilo que escreveu na Internet sobre o Vaticano e os políticos antes de
ser nomeada para o cargo. Francesca Immacolata Chaouqui, 27 anos, jornalista e
leiga foi escolhida em julho para integrar uma comissão de oito pessoas que tem
por missão organizar a estrutura económica e administrativa do Vaticano. Mas,
antes de o ser, fartou-se de dar opiniões, algumas bastante críticas, acerca da
Santa Sé em geral e dos seus protagonistas em particular. A sua conta no
Twitter foi entretanto encerrada, mas os media italianos conseguiram reunir
alguns dos posts que Francesca lá havia colocado. Num deles, em março, terá
dito, sobre Bento XVI, "o Papa sofre de leucemia há mais de um ano".
Antes disso, terá atacado o cardeal Tarcisio Bertone, braço-direito de
Ratzinger, a quem terá chamado de "corrupto". "Acredito numa
igreja: una, santa, católica e apostólica. Se calhar, alguém deveria recordá-lo
a Bertone", terá escrito. E quando Bento XVI renunciou, em março,
Francesca mostrou a deceção: "Bertone ganhou. Estava segura de que não o
faria mas deitou a toalha ao chão. Como crente, estou simplesmente
decepcionada". Os políticos foram outro dos alvos desta italiana, filha de
um turco. Giulio Tremondi, antigo ministro da Economia de Itália, já anunciou
que vai processar Francesca, que terá escrito no Twitter que este é gay. Apesar
do embaraço que se vive no Vaticano, Francesca Immacolata Chaouqui diz-se
tranquila. "Não estou preocupada porque o Santo Padre também não
está", disse ao jornal "Il Corriere della Sera", ao qual também
alegou que outras pessoas terão tido acesso à sua conta no Twitter”.