Li no Jornal I
que “um agricultor encontrou uma dezena de livros de cheques por usar de José
Sócrates e de outros familiares numa quinta no Ribatejo revelou, esta
sexta-feira, o "Sol". Segundo o jornal, esta descoberta foi feita por
Nuno Caçador numa escrivaninha onde numa gaveta trancada estavam 1.273 cheques,
todos em branco e guardados ainda nos respectivos envelopes de origem, a
maioria por abrir e nos mais variados bancos: BES, Fonsecas e Burnay, Totta
& Açores e Banco Português do Atlântico. Dos 1.273 cheques, 263 são de uma
conta de José Sócrates no Totta, 110 são de uma conta do tio, António Pinto de
Sousa, e 75 de uma conta da irmã, Ana Maria. À época (1991), Sócrates era
deputado e cortara o vínculo à Sovenco, empresa na área dos combustíveis, na
Amadora, que fundara com Armando Vara, entre outros sócios. Recorde-se que, na
entrevista à RTP, Sócrates assegurou aos portugueses nunca ter tido acções nem
offshores e de ser, precisamente há 25 anos, senhor de "uma única conta,
na Caixa Geral de Depósitos". E, uma vez que nunca fez poupanças, foi
obrigado a contrair um empréstimo na Caixa para fazer um mestrado em Paris. De
acordo com o mesmo jornal, a escrivaninha onde foi feita esta descoberta
pertencia à família paterna de José Sócrates. O "Sol" adianta ainda
que, os cheques são sequenciais, o que revela que foram requisitados na mesma
data, ou seja, foram pedidos "por atacado". No caso de José Sócrates,
a conta no Totta & Açores podia ser movimentada por outra pessoa e, pela
numeração dos 263 cheques, conclui-se que o ex-primeiro-ministro chegou a ter
na sua posse um total de 500 cheques. Contactado pelo jornal, revisores
oficiais de contas e fontes da banca consideram esta situação insólita”. Leia aqui o texto original publicado no Sol.