
Acácio Rosa O Antigo (Belenenses)
É uma excepção. Foi presidente em 1949 e 1982 mas teve uma vida inteira ligada ao clube: nasceu a 4 de Setembro de 1912, foi sócio do clube durante 68 anos e mereceu a Cruz de Ouro. É um herói na história do Belenenses, tendo desempenhado funções em várias modalidades e escrevendo vários livros sobre o clube até morrer, a 4 de Fevereiro de 1995. Talvez por isso, o pavilhão tem o seu nome.
António fiúza O Justiceiro (Gil Vicente)
Estava na presidência quando o clube gilista desceu no âmbito do Caso Mateus. Elogiado por todos, nunca desistiu e viu o esforço ser recompensado há dois anos, quando o Gil Vicente regressou à primeira. O clube distingue-se pela organização e muito do mérito é dele.
Aprígio santos O Chapeleiro (Naval)
A utilização do chapéu tornou-se uma imagem de marca do dirigente da Figueira da Foz que tem sempre uma opinião para dar quando há polémica no futebol. Na questão recente do alargamento, deu a ideia de se fazer uma liga para os ricos e outra para os pobres. “Se me fosse possível votar, deixaria os quatro ou cinco clubes grandes a jogar sozinhos”. Soma várias ameaças de demissão mas mantém-se de pedra e cal.
Dias da cunha O Irreverente (clube)
Era o presidente no último título do Sporting mas notabilizou-se pela luta incessante contra o famoso “sistema”. Abriu caminho para a luta que Luís Filipe Vieira assumiu mais tarde e deixou uma frase para a história: “O sistema tem dois rostos: Pinto da Costa e Valentim Loureiro.” Deixou o clube em 2006.
Fernando Barata O Sonhador (Imortal)
Chegou ao clube de Albufeira em 1999 depois de já ter passado pelo Farense, confiante de que conseguiria levar a equipa ao principal escalão, mas o melhor que conseguiu foi a Liga de Honra. Antes, iniciou uma guerra jurídica contra Pinto da Costa por este lhe ter chamado “idiota” e “senil”.
João Bartolomeu O Incómodo (U. Leiria)
“O senhor João Bartolomeu incomoda muita gente e a União de Leiria é um alvo a abater. Ando no futebol há muitos anos e sei muita coisa”. A descrição é do próprio e diz muito sobre ele. Ligado ao clube desde os anos 80, esteve nos bons e nos maus momentos dos leirienses. A parábola dos salários em atraso e desistência da liga foi o culminar de uma longa história.
João Nabeiro O Herdeiro (Campomaiorense)
Filho do comendador Rui, João pegou no clube da cidade e levou-o à primeira divisão. Em Maio de 2002, deu um murro na mesa e decidiu acabar com o futebol profissional, farto dos problemas de disciplina na equipa que estava na Liga de Honra. A reacção dos jogadores quando souberam, descrita pelo próprio, não poderia ser mais irónica: “Logo que acabei o discurso, levantaram-se para ir tomar um café.”
Jorge Anjinho O Defensor (Académica)
Teve um papel importante na criação da Liga Profissional e insurgiu-se contra a FPF na sequência do caso da inscrição de N’Dinga que levou à despromoção do clube de Coimbra em 1988/1989. Morreu dez anos depois, quando o clube estava na primeira divisão mas com a descida no horizonte.
José António Linhares O Abusador (Salgueiros)
O Vidal Pinheiro teve uma nova vida com ele no comando (1995 a 2004), mas foi com Linhares também que o clube foi condenado a uma descida administrativa e se assistiu ao fim do futebol profissional. Em 2009 foi condenado a uma pena suspensa de três anos de prisão por crime e abuso de confiança durante a liderança do clube. Morreu em Maio de 2010, vítima de doença prolongada.
Mano Nunes O Conquistador (Beira-Mar)
Marcou o clube aveirense durante a década de 90 e no início do novo milénio e ficará para sempre associado à conquista da Taça de Portugal em 1999 – 1-0 ao Campomaiorense no Jamor. Demitiu-se em 2005, criticando os “mercenários que só são beiramarenses quando o clube lhes enche os bolsos”.
Manuel João O Vidente (Portimonense)
Esteve firme na presidência de 1975 a 1993 e deixou um alerta futurista na saída: “Avisei Valentim Loureiro, Pimenta Machado e outros de que deveriam fazer o mesmo. Não o fizeram e estão a passar por problemas que antevi, face à forma como era gerido o futebol português.”
Pimenta Machado O Filósofo (V. Guimarães)
Foi eleito a 10 de Março de 1980 com apenas 29 anos e até 2004 conseguiu levar a equipa a várias aventuras europeias, chegando a defrontar o Barcelona. Para a histórica fica a famosa frase “o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira” e a forma indigna como saiu: acusado de ficar com 450 mil euros de comissão da venda de Fernando Meira para o Benfica.
Pinto da costa O Eloquente (FC Porto)
É uma figura única: elogiado pelos portistas e criticado pelos rivais, transformou o FC Porto na grande força do futebol português. O fantasma da corrupção continua a pairar e não perde uma oportunidade de discurso para lançar farpas aos rivais, especialmente o Benfica.
Vale e Azevedo O Enganador (Benfica)
Quando substituiu Manuel Damásio, houve quem pensasse que era o salvador do clube. As polémicas de dinheiro sucederam-se e hoje é visto como o homem que quase destruiu o Benfica. Entre outras coisas, rescindiu contrato com João Pinto.
Valentim Loureiro O Político (Boavista)
Liderou os axadrezados entre 1978 e 1997 e é o pai do Boavistão. Polémico nas declarações que fazia, deixou o clube ao filho João, que conseguiu o surpreendente título em 2001” (texto do jornalista Rui Pedro Silva do Jornal I, com a devida vénia)
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