segunda-feira, dezembro 28, 2009

Avião assistido pela TAP sofre incidente...e sindicatos aproveitam

Segundo o Jornal I, num texto do jornalista Filipe Paiva Cardoso, "um incidente com um Airbus A310 da Air Transat, do Canadá, que estava nas mãos da manutenção da TAP no Brasil (M&E Brasil), está a ser usado pelos sindicatos e pelo PCP para atacar este ramo da companhia. "Infelizmente a realidade veio confirmar as preocupações", refere o comunista Bruno Dias, em questões enviadas ao governo já este mês. O PCP já tinha manifestado a Sócrates a "preocupação" com os "conhecidos défices dos índices de qualidade da manutenção efectuada" no Brasil "em comparação com os padrões da TAP". O incidente com o A310 ocorreu a 13 de Dezembro no Rio de Janeiro e um vídeo com o mesmo foi divulgado pela Groundforce, empresa de assistência em terra da TAP. Segundo a descrição do ocorrido, o A310 foi levado para testes aos motores, "algo correu mal e o aparelho ficou desgovernado, atravessando o taxiway de acesso à pista de aterragem do aeroporto, colidindo e derrubando árvores", lê-se nas perguntas enviadas pelo PCP. Contactado, o coordenador do sindicato da Groundforce, Fernando Henriques, referiu ao i que a M&E Brasil, por ter técnicos com "formação deficitária", está a dar mau nome à companhia em termos de qualidade de manutenção. A divulgação do vídeo não fará o mesmo?, questionámos. "Não queremos fazer má publicidade, apenas alertar para a situação", contestou. O sindicalista de seguida indicou "situações parecidas" que ocorreram com outros aviões que foram assistidos pela TAP no Brasil. "Um avião da EuroAtlantic esteve dois meses a fazer a grande manutenção e quando voltou não tinha uma peça", acusou. Já a companhia disse ao i que "como sempre acontece com qualquer incidência que fuja da rotina, a TAP procede a uma investigação rigorosa. Num momento em que ainda decorre a investigação, são especulativas (e infundadas neste caso) quaisquer razões que sejam adiantadas, não merecendo qualquer comentário". Posição do governo Os ataques à M&E Brasil surgiram do receio de a TAP estar em vias de deslocalizar a manutenção para aquele país, algo já negado. Questionado pelo PCP, o governo justificou o envio de aviões de clientes da TAP para fazer manutenção no Brasil com a saturação da Portela, referindo que "tais opções de gestão [...] não colocam em risco o prestígio da TAP". Ainda segundo o governo, desde 2006 "o montante de transferências financeiras realizadas da TAP para a M&E Brasil ascenderam a 76,4 milhões".

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