terça-feira, setembro 15, 2009

SATA acusada de não cumprir normas de segurança com avião

Li hoje no Correio dos Açores que "a transportadora aérea açoriana SATA assegurou ontem que os voos realizados pelo Airbus A320-200 ‘Diáspora’ depois do ‘hard landing’ ocorrido em Ponta Delgada decorreram “dentro da completa normalidade e segurança”. “Todos os voos efectuados pela aeronave decorreram dentro da completa normalidade e segurança, tendo sempre sido sujeitos à prévia realização de vistorias pela chamada manutenção de linha, após toda e qualquer aterragem”, refere um comunicado da SATA enviado à Lusa. O documento, emitido na sequência de informações que colocavam em causa a segurança do avião nos voos que realizou entre 4 e 6 de Agosto, salienta que essas ligações foram feitas depois de uma “avaliação positiva da aeronave pelas respectivas tripulações técnicas de cockpit”, tendo em conta a informação disponibilizada pelos sistemas do aparelho, um Airbus A320- 200 de última geração. A SATA confirmou que o aparelho realizou uma “aterragem dura” (hard landing) a 4 de Agosto, no Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, da qual não resultaram quaisquer consequências físicas para os passageiros. D a d o s disponibilizados na Internet, em sítios ligados à aviação civil, indicam que o avião fez uma aproximação à pista com excessiva velocidade, tendo o impacto no solo ultrapassado em muito os 2,5 g’s permitidos pela aviação internacional em manobras de aterragem. O incidente, ainda segundo aqueles dados, terá provocado a queda de alguns rebites de uma das asas do aparelho e danos no trem de aterragem. Apesar do acidente, que não provocou feridos, mas terá gerado alguma agitação entre os passageiros que se encontravam a bordo, o avião continuou a voar, tendo realizado várias ligações nos dois dias seguintes. O avião apenas deixou de voar a 6 de Agosto, quando foi submetido a uma inspecção de rotina, obrigatória na sequência do número de horas de voo realizadas. O A320 ‘Diáspora’, que começou a voar em Junho, deverá estar imobilizado até Outubro, para ser submetido a todos os exames necessários para garantir a sua segurança. Segundo a transportadora aérea açoriana, depois desta aterragem, “foi efectuada uma inspecção de linha, tendo sido a aeronave considerada apta para prosseguir o plano de voo”. Dois dias mais tarde, a 6 de Agosto, durante uma “inspecção programada”, que consta do programa de manutenção definido pelo construtor, “foram detectados indícios da existência de um denominado ‘hard landing’, prontamente comunicados ao fabricante”. Nessa altura, segundo a SATA, foi recomendado pela Engenharia e Manutenção da empresa e pela Airbus que o avião fosse sujeito a uma “inspecção preventiva”, que está a ser realizada pela TAP Engenharia e Manutenção e que deverá estar concluída no início de Outubro. A SATA refere que os dados apurados já foram comunicados ao Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e acrescenta ter sido instaurado um inquérito interno, no quadro do qual, como medida preventiva, os pilotos envolvidos na aterragem em causa foram retirados das funções de pilotagem. O governo açoriano afirmou ontem que quer ver a situação “cabal e completamente esclarecida”. Questionado pelos jornalistas, Vasco Cordeiro escusou-se a fazer mais comentários sobre a situação, alegando estar a decorrer um inquérito, cujas conclusões serão determinantes para a apreciação do problema. Nesse sentido, o secretário regional da Economia não quis pronunciar-se sobre as consequências deste caso na credibilidade da SATA, não confirmando que estivessem preenchidas as condições que obrigavam o avião a parar depois do incidente em Lisboa".

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