quinta-feira, setembro 03, 2009

O embuste socialista: “Há 635 mil sem trabalho no País”...

As jornalistas do Correio da Manhã, Diana Ramos e Sandra Rodrigues dos Santo fizeram um longo trabalho sobre o embuste do desmeprego em Portugal. Segundo elas, “a contabilidade oficial do desemprego pode estar a distorcer a dramática realidade que afecta milhares. Numa altura em que a economia avança a passo lento para uma recuperação em que muitos não acreditam, há pelo menos 125 mil desempregados que as estatísticas ignoram. As contas são feitas pelo economista Eugénio Rosa e mostram que tanto o número de desempregados divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 507,5 mil, quanto o contabilizado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), 496 mil, não inclui a totalidade de pessoas sem trabalho. De facto, o número de desempregados pode chegar aos 635,2 mil, o que representa 11,2% da população activa. Bem longe dos 9,1% estimados pelo INE para o segundo trimestre e acima da barreira dos 10%. O problema está na forma como é feita a contabilidade dos números. O INE considera empregado aquele que 'tenha efectuado um trabalho de pelo menos uma hora, mediante o pagamento de uma remuneração', e exclui aquele que não tenha procurado trabalho, pago ou não, nas três semanas que antecedem os inquéritos. O primeiro caso, em que se encaixam 63,3 mil pessoas, engrossa a fatia do 'subemprego visível' e o segundo, que agrega 64,2 mil pessoas, engloba os 'inactivos disponíveis'. No IEFP o método é diferente: só são contabilizadas as inscrições nos centros de emprego. Neste caso, Eugénio Rosa acredita inclusive, mediante a análise dos dados publicados, que nos primeiros sete meses o Instituto apagou dos ficheiros os nomes de 303,6 mil pessoas. Isto porque, relata, em Dezembro de 2008 havia 416 mil desempregados inscritos. De Janeiro a Julho inscreveram-se mais 419,7 mil que, somados aos primeiros, totalizariam 835 mil sem emprego. Apenas constam dos ficheiros 35,8 mil. Faltam 800 mil. Apesar de o desemprego afectar já meio milhão de pessoas, o subsídio de desemprego chega a menos de metade. Segundo dados da Segurança Social, no final de Julho havia 230 mil pessoas a receber a prestação. Outras 63 mil tinham acesso ao subsídio social de desemprego inicial, pago a quem não tem direito ao subsídio de desemprego. Já o subsequente, atribuído a quem vê cessar a prestação sem ter encontrado trabalho, chegava a 45 mil. Os trabalhadores da construção, dos serviços e comércio, dos serviços de segurança, das minas e indústria transformadora e os empregados de escritório são os mais afectados. Olhando para o mapa do País, o Norte e a região de Lisboa e Vale do Tejo são aquelas onde o problema assume maior dimensão”.
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