Terminadas as eleições intercalares em Gaula, as pessoas continuam a interrogar-se - e não deixa de ser curioso que nenhum órgão de comunicação tenha sido capaz de desvendar o "mistério"... - sobre o que esteve realmente na origem de um conturbado processo de demissões em cadeia sobre o que esteve realmente na origem das divergências na anterior Junta de Freguesia e que viria a culminar com a convocação de eleições intercalares? Afinal o que foi que se passou? Que "mistério" dividiu um executivo de uma Junta que, recordo, foi ganha em 2005 pelo PS com 1.198 votos (o maior resultado de sempre) contra 775 votos do PSD e que tinha um total de 6 mandatos contra 3 do PSD? O que me espanta é que as pessoas olham para o que ali se passou e, sem terem a resposta que todos procuram, até parece que encaram tudo como se fosse uma normalidade. Quanto a ilações políticas evidentemente que não estão à espera que seja o PSD, que venceu as eleições, a tirá-las. Eu até admito que João Carlos Gouveia possa ter legitimidade agora, para tomar algumas decisões. Não sei se as quer tomar, se está sequer interessado em fazer seja o que for. Mas no plano da análise política, despido de qualquer conotação partidária que obviamente tenho, parece-me mais do que evidente que o líder do PS da Madeira joga a sua sobrevivência no cargo, não em 2011 nas regionais,mas já em 2009. E, neste contexto, Gaula não deixa de constituir uma primeira referência a ter em consideração, quer pelo peso que terá na aplicação do método de Hondt para apuramento de mandatos nacionais, quer concretamente no desfecho eleitoral em Santa Cruz. A mim basta-me a certeza de que JCG percebeu tudo o que eu aqui comentei.
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