Para não falar mais no assunto, que ria contudo referir que julgo que as pessoas que me acompanham, concordem ou não com o que escrevo, e sem nunca desligarem, porque seria errado, o conteúdo opiniativo deste blogue do facto de ser uma pessoa ligada a um partido, ao PSD, que subjacente a alguns comentários que aqui deixei, está claramente alguma intenção provocatória, normal num combate político, mas que não passa disso mesmo. Não valorizo nada a eleição intercalar, realizada num determinado contexto e numa conjuntura específica, porque cada acto eleitoral representa-se a si próprio, não podendo por isso comparável a outros actos eleitorais, ainda por cima diferentes. Mas não posso deixar de destacar a vitória dos vencedores, e de chamar a atenção - porque não passa disso mesmo - para o impacto negativo resultante de outras situações que devem merecer a atenção da parte de quem de direito, neste caso dos que perderam, não da minha. No caso de Gaula existe um fenómeno protagonizado por um movimento de "independentes" que continuo a afirmar que foi gerado pelo PS devido a divergências internas. O PSD também já enfrentou numa freguesia do Funchal um lista constituída por militantes que entraram em conflito nesse processo eleitoral e se afastaram. Inclusivamente elegeram candidatos a uma Junta de Freguesia. Hoje o assunto está ultrapassado. Mas não tenho dúvida, pela análise dos resultados, que foram esses cidadãos de Gaula que propiciaram ao PS as vitórias que ele obteve na freguesia nos últimos anos assim como estiveram na origem directa de uma derrota copiosa que em situações normais faria qualquer partido pensar e porventura tomar decisões. Mas quando digo isto não há arrogância nenhuma da minha parte - aliás, no PSD, qualquer pessoa dirá que me acusam-se sistematicamente se ser o contrário. Evidentemente que sendo militante do PSD fico satisfeito pelo facto do meu partido ter conquistado, mesmo que seja por alguns meses, uma Junta que tinha perdido há alguns anos. Fico satisfeito pelo sucesso que o Presidente eleito (um jovem, antigo deputado, sério, discreto, empenhado em trabalhar pela sua terra, e que não corre atrás do protagonismo nem anda a lixar companheiros para subir e dar nas vistas), a sua equipa, a Vânia de Jesus, o Miguel de Sousa, sobretudo estes, acabaram por ter porque foram eles que mais directamente acompanharam esta disputa eleitoral. Mas não me verão nunca cair no exagero de extrapolar resultados - pode-se quanto muito deixar interrogações para reflexão - ou de antecipar cenários. Uma equipa de futebol se entra em campo com o mesmo onze e a mesma táctica, e se soma apenas derrotas, ao fim de algum tempo das duas uma: ou o treinador é substituído ou o plantel sofre remodelações. Porque motivo é que na política haverá que ser diferente? Até porque haverão que concordar que uma coisa é indesmentível: a força dos resultados, os factos.
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