Li no site do Parlamento Europeu que "no debate que ontem se realizou no PE, em Bruxelas, sobre o Conselho Europeu da semana passada, grande parte dos eurodeputados insistiu que é necessário respeitar o "não" no referendo irlandês ao Tratado de Lisboa e esperar pela análise feita pela Irlanda, salientando, no entanto, que o processo de ratificação deve continuar e que a UE deve avançar com as reformas necessárias para responder às preocupações dos cidadãos relativamente ao aumento dos preços do petróleo e dos preços dos alimentos. O Presidente em exercício do Conselho, Janez JANŠA, fez hoje no PE o balanço do Conselho Europeu de 19 e 20 de Junho e da Presidência eslovena que termina no fim deste mês. O primeiro-ministro esloveno afirmou que "democracia significa respeito pela opinião de todos", tanto da Irlanda como dos outros Estados-Membros, e insistiu que o processo de ratificação do Tratado de Lisboa deve continuar. Janez JANŠA salientou a necessidade de melhorar a comunicação com os cidadãos europeus, esclarecendo-lhes que a UE precisa de uma nova base institucional para funcionar melhor na era da globalização, e de reforçar a "identidade" europeia, sugerindo, por exemplo, a constituição de uma equipa europeia de futebol. "Para reforçar a identidade, as pessoas têm de se identificar com algo que tenham em comum – o futebol, por exemplo. Um jogo de futebol UE - América Latina atrairia certamente grande atenção mediática e teria muitos espectadores no estádio", declarou o Presidente em exercício da UE. Para José Manuel BARROSO, o Conselho Europeu "conseguiu alcançar progressos sem grandes dramas". Foi dado tempo à Irlanda para analisar as razões do "não" no referendo e foi dado um impulso ao pacote energético, exemplificou. O Presidente da Comissão frisou que os cidadãos confiam mais nas instituições europeias do que nos partidos políticos nacionais, pelo que o voto irlandês "não é um voto contra a Europa". "Os políticos deveriam estar a defender o projecto europeu", insistiu, e "não devemos estar a pedir desculpas por defender o Tratado de Lisboa", dado que a Europa precisa dele e o mundo precisa da Europa".
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