quarta-feira, junho 25, 2008

Eurodeputados debatem sobre os resultados do último Conselho Europeu no rescaldo do "não" irlandês

Li no site do Parlamento Europeu que "no debate que ontem se realizou no PE, em Bruxelas, sobre o Conselho Europeu da semana passada, grande parte dos eurodeputados insistiu que é necessário respeitar o "não" no referendo irlandês ao Tratado de Lisboa e esperar pela análise feita pela Irlanda, salientando, no entanto, que o processo de ratificação deve continuar e que a UE deve avançar com as reformas necessárias para responder às preocupações dos cidadãos relativamente ao aumento dos preços do petróleo e dos preços dos alimentos. O Presidente em exercício do Conselho, Janez JANŠA, fez hoje no PE o balanço do Conselho Europeu de 19 e 20 de Junho e da Presidência eslovena que termina no fim deste mês. O primeiro-ministro esloveno afirmou que "democracia significa respeito pela opinião de todos", tanto da Irlanda como dos outros Estados-Membros, e insistiu que o processo de ratificação do Tratado de Lisboa deve continuar. Janez JANŠA salientou a necessidade de melhorar a comunicação com os cidadãos europeus, esclarecendo-lhes que a UE precisa de uma nova base institucional para funcionar melhor na era da globalização, e de reforçar a "identidade" europeia, sugerindo, por exemplo, a constituição de uma equipa europeia de futebol. "Para reforçar a identidade, as pessoas têm de se identificar com algo que tenham em comum – o futebol, por exemplo. Um jogo de futebol UE - América Latina atrairia certamente grande atenção mediática e teria muitos espectadores no estádio", declarou o Presidente em exercício da UE. Para José Manuel BARROSO, o Conselho Europeu "conseguiu alcançar progressos sem grandes dramas". Foi dado tempo à Irlanda para analisar as razões do "não" no referendo e foi dado um impulso ao pacote energético, exemplificou. O Presidente da Comissão frisou que os cidadãos confiam mais nas instituições europeias do que nos partidos políticos nacionais, pelo que o voto irlandês "não é um voto contra a Europa". "Os políticos deveriam estar a defender o projecto europeu", insistiu, e "não devemos estar a pedir desculpas por defender o Tratado de Lisboa", dado que a Europa precisa dele e o mundo precisa da Europa".

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