terça-feira, junho 03, 2008

Continua a ameaça à aviação comercial

Segundo a jornalista do Jornal de Negócios, Carla Pedro, "as elevadas cotações do petróleo estão a afectar inúmeras indústrias, como é o caso da aviação. Com efeito, a subida dos preços do combustível poderá levar algumas companhias aéreas norte-americanas à falência no próximo ano, advertiu a Soleil Securities Corp. numa nota de “research”. A AMR Corp., casa-mãe da American Airlines, e a UAL Corp., dona da United Airlines, poderão ser obrigadas a pedir em 2009 protecção ao abrigo da lei de falências (Capítulo 11) caso os preços do combustível não desçam, referiu a casa de investimento, citada pela Bloomberg. Na semana passada, a Silverjet foi a terceira companhia aérea exclusivamente para a classe executiva a colapsar na Europa, depois de ter sido incapaz de obter um empréstimo de emergência no valor de cinco milhões de dólares. A companhia, lançada em inícios de 2007, fechou portas, tal como já tinha sucedido às suas rivais Eos e MaxJet, devido aos elevados preços do combustível para aviação, salientou o “International Herald Tribune”.
Ryanair: 10 % dos aviões em terra

Ficamos hoje a saber que a Ryanair, a maior companhia aérea de low cost da Europa vai manter cerca de 10 por cento dos aviões em terra no próximo Inverno caso as taxas aeroportuárias continuem a aumentar. Por outro lado, a empresa pode também subir as tarifas em 5 por cento caso o preço do petróleo continuar a bater os 130 dólares


Hoje ficamos a saber pelo Diário Económico que Fernando Pinto deixa presidência da IATA - A Associação Internacional de Transportes Aéreos cujo novo presidente do seu Conselho de Governadores é o CEO da Royal Jordanian Airlines, Samer Majali, que substitui no cargo o CEO da TAP, Fernando Pinto. Segundo um comunicado emtido pela IATA, cada presidente da Associação é eleito por um ano, e Fernando Pinto servia no cargo desde Junho de 2007. O documento adianta que Majali, de 29 anos de idade, afirmou que, "com os preços dos combustíveis a níveis recorde, a indústria [do transporte aéreo] enfrenta uma crise, e a agenda para o ano que vem apresenta desafios extraordinários. A mudança tem que ser ainda mais agressiva. Encontrar ganhos de eficiência ainda maiores - não só para as companhias aéreas, mas também por todas as empresas ligadas ao sector - é crucial para a nossa sobrevivência". Este responsável sublinhou também que a mudança tem que envolver os Governos, já que "no terreno inexplorado dos preços dos combustíveis a níveis astronómicos, o debatesobre o ambiente assume uma nova dimensão. O incentivo para as companhias melhorarem as suas 'performances' nunca foi maior, mas os Governos atravessam-se no nosso caminho. Eles têm que superar as suas obsessões com negócios punitivos e unilaterais de emissão de carbono e passar a trabalharem em soluções reais para reduzir as mesmas. Um único Céu Europeu é crítico". Já o actual director-geral e CEO da IATA, Giovanni Bisignani, agradeceu a Fernando Pinto "por um trabalho bem feito. A sua liderança durante o ano passado ajudou-nos a atingir o nosso objectivo de eliminar os bilhetes em papel".

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