sexta-feira, abril 04, 2008

Roque Martins: uma teoria

Conheço mal Roque Martins, falei com ele apenas uma vez, no aeroporto em Lisboa. Continuo a admitir que no "caso" que o envolveu, poderá ter existido alguma coisa, algum desencontro que precipitou os acontecimentos e radicalizou posições, acabando por originar uma polémica desnecessária e aproveitamentos políticos e partidários marginais que nada têm a ver com as opções políticas de Roque Martins. Cometeram-se excessos, houve declarações que descambaram para questões que nada tinham a ver com os factos em si mesmo, mas a verdade é hoje o assunto parece estar encerrado. Roque Martins é membro do Conselho Regional do PSD ainda em funções e nessa qualidade é com toda a legitimidade um delegado ao Congresso. Mais. Parece-me importante que o PSD da Madeira mostrasse, uma vez mais, a sua capacidade de ultrapassar situações de divergências independentemente do impacto que a polémica teve nas pessoas e das marcas que o assunto possa ter deixado, e certamente deixou. O que é facto é que li com atenção a teoria hoje revelada por Martins no DN local e, confesso, não me parece que se trate de um absurdo, pelo contrário, é uma perspectiva tão válida como qualquer outra e que porventura alguns retiveram: "Se José Sócrates renovar a sua liderança no Governo da República após as eleições legislativas nacionais de 2009, resta apenas uma solução ao PSD-Madeira: recandidatar Alberto João Jardim nas 'regionais' de 2011. (...) O presidente do Governo Regional "tem a obrigação de se recandidatar em 2011" caso Sócrates vença as 'legislativas nacionais' e forme governo com ou sem maioria absoluta (...) Um governo Socrático com mandato renovado por mais quatro anos exige uma liderança firme no Executivo madeirense. Roque Martins exemplifica a Lei das Finanças Regionais, que deitaria por terra os projectos sociais da Região. "Vão existir medidas penalizadoras para a Madeira nos diversos níveis como na acção social e mesmo ao nível da Segurança Social". Penso claramente que o dr. Alberto João Jardim tem plenas responsabilidades e uma maioria de José Sócrates implica claramente que o dr. Alberto João Jardim, embora queira ir para casa, não pode, tem de ir mais tarde, porque tem de garantir estabilidade na Região".

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