quarta-feira, janeiro 02, 2008

Uma estratégia para manter?

Alberto João Jardim acusou hoje o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, de ainda não ter respondido ao empréstimo de 50 milhões de euros por um questão de “iliteracia”. Segundo a agência lusa de informação, a Região Autónoma da Madeira entregou ao Governo central um pedido para contrair, junto do Banco Europeu de Investimentos, um empréstimo de 50 milhões de euros para custear projectos co-financiados pela União Europeia (UE).A UE comparticipou em 75 por cento e o Estado-membro é responsável pelos restantes 25 por cento. "No entanto, na sequência das medidas financeiras determinadas pelo Governo, é o Orçamento Regional que deve suportar a despesa. Dadas as dificuldades de tesouraria, o Governo Regional, liderado por Jardim, avançou com o pedido, cuja resposta deveria ter chegado no dia 31 de Dezembro.“Penso que o Ministro das Finanças não responde às cartas do secretário regional por iliteracia. Tem uma enorme dificuldade em escrever e falar. Como se trata de iliteracia, vamos deixar aperfeiçoar as suas capacidades ortográficas e aguardar a carta dele”, declarou Jardim, à margem da sessão solene de abertura das comemorações dos 500 Anos do Funchal". Eu percebo os motivos políticos de Alberto João Jardim e sobretudo os motivos da sua irritação. Mas não sei se esta situação pode ser mantida por muito mais tempo e se Cavaco Silva terá ou não que intervir. Caso contrário, mantendo-se uma evidente radicalização que desconfio que pelo menos até final do verão de 2009 não se alterará, qual a capacidade de resistência da Madeira e que condições tem ela de se aguentar perante este torniquete financeiro do Ministério das Finanças? Enquanto isso, e conforme li no DN local, Jardim afirmou existirem "princípios que não cedem em nome da consensualização e diálogos que não se vendem em troca de objectivos"."Nós sabemos o que queremos e temos princípios em função da visão política que temos do país, temos objectivos para a autonomia, e isso não se troca por nada, muito menos por palavras bonitas que não têm conteúdo, como a que está na moda "consenso" e a hipócrita "diálogo", explicou". Vamos a ver em que é que isto tudo vai dar...

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