Rica vida depois da política...
Com este título publicou hoje o DN de Lisboa um texto da jornalista Patrícia Vieigas que consideramos oportuno, interessante e recomendamos: "O primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington, não queria receber salário pois, dizia, já era rico e devia ter uma imagem de funcionário público. Mas o Congresso americano votou a favor de um pagamento de 25 mil dólares, muito dinheiro para 1789, com a argumentação de que todos deveriam poder chegar à presidência e não só os ricos. Anos mais tarde os presidentes passaram a ter direito a receber uma pensão quando abandonavam o poder. E alguns mantinham actividade pública em cargos como os de deputados e senadores. Mas, de acordo com o jornal New York Times, seria Gerald Ford (1974-77) o primeiro ex-chefe do Estado a aceitar sentar-se em conselhos de administração. A seguir viria o escândalo de Ronald Reagan (1981-89), que ganhou dois milhões de dólares por discursos no Japão, mais a ridicularização de George H. Bush (1989-1993) pela sua ligação com a Carlyle. No entanto, seria Bill Clinton (1993-2001) o ex-presidente que mais dinheiro ganhou em discursos, aconselhamento de empresas e direitos de autor, fazendo escola. E o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair parece estar-lhe a seguir as pisadas.No início deste mês foi contratado para ser conselheiro do banco de investimento norte-americano JP Morgan. A sua opinião e rede de contactos valem-lhe um milhão de dólares por ano (500 mil euros). O antigo líder dos trabalhistas britânicos, reeleito por três vezes, passa, assim, a reunir-se com os directores do banco pelo menos dez vezes por ano e tem de estar disponível para lhes dar conselhos por telefone sempre que assim seja necessário".
Sem comentários:
Enviar um comentário