Socialistas (31,3%) à frente da AD (24,8%). Chega (18,4%) conseguiria quatro eurodeputados. IL e Livre podem estrear-se no Parlamento Europeu. BE e CDU reduzidos a um eleito. PAN de fora. O PS é o favorito a vencer as eleições europeias de 9 de junho (31,3%), tendo, nesta altura, uma vantagem de seis pontos sobre a AD (24,8%), de acordo com uma sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF. O Chega destaca-se no terceiro lugar (18,4%), lidera destacado entre os eleitores mais jovens e poderá eleger quatro eurodeputados. Seguem-se BE (5,9%), IL (5,8%), CDU (4,1%) e Livre (3,6%), todos com hipótese de conquistar um lugar no Parlamento Europeu, e, finalmente, o PAN (1,8%), que deverá perder o lugar que conseguiu em 2019.
Quando faltam, precisamente, sete semanas para a ida às urnas e ainda estão por anunciar os cabeças de lista dos dois principais concorrentes, a vantagem é dos socialistas que, mesmo em perda relativamente às europeias de 2019 (teriam menos dois eurodeputados, passando de nove para sete), ficariam três pontos acima do resultado das legislativas (31,3%). A vantagem sobre o centro-direita deve-se ao eleitorado masculino (mais 12 pontos), uma vez que entre as mulheres se regista um empate. A projeção do resultado da Aliança Democrática (PSD e CDS repetem a coligação das legislativas) poderá ter sido influenciada pela polémica com o IRS, uma vez que o trabalho de campo da sondagem começou imediatamente a seguir, mas terminou ainda antes da aprovação dessa baixa em Conselho de Ministros e das explicações mais detalhadas do primeiro-ministro Luís Montenegro. Certo é que a AD cai face a 2019 (soma de PSD e CDS, que concorreram separados nessa eleição) e arrisca perder um eurodeputado e quatro pontos relativamente às eleições legislativas de março passado (24,8%).
Do Basta ao Chega
O grande “vencedor” das próximas europeias, a manter-se esta projeção, será o Chega. Recorde-se que a primeira aventura eleitoral de André Ventura como líder da direita radical foi precisamente nas eleições para o Parlamento Europeu de 2019 (então, à frente da coligação “Basta”), ficando-se por uns escassos 1,5%.
Relativamente às legislativas, o resultado seria praticamente igual, mas, se o compararmos com o de há cinco anos, seria de mais 17 pontos (18,4%). E o prémio ao alcance do Chega são quatro eurodeputados, que deverão integrar o grupo Identidade e Democracia (onde já estão a Liga de Salvini, a União Nacional de Le Pen e o Partido da Liberdade de Wilders).
Confirmando os dados recolhidos durante as sondagens da última campanha, e em particular as que foram feitas à boca da urna (com amostras de grande dimensão e bastante certeiras), o Chega mostra força entre a metade mais jovem do eleitorado: entre os que têm 18 e 34 anos ficaria em primeiro lugar nas europeias, com sete pontos de vantagem sobre o PS e dez acima da AD; entre os que têm 35 a 49 anos, ficaria em segundo, a três pontos dos socialistas e com doze de vantagem sobre o centro-direita. Para além do Chega, há apenas mais dois partidos que crescem face às europeias de 2019.
Sobe e desce
A Iniciativa Liberal, que se estreou nesse ano com 1%, consegue, agora, uma projeção de 5,8% (o que representa, também, uma subida de um ponto relativamente às legislativas). Um resultado que, a confirmar-se, lhe garante a eleição de um eurodeputado. O outro partido a crescer é o Livre, que duplica o que conseguiu na sua primeira corrida à Europa (3,6%), mas está no limiar entre entrar ou ficar de fora do grupo de 21 eleitos ao Parlamento Europeu.
Nos restantes partidos mais à Esquerda, as notícias são menos positivas, se se tiver em conta o que conseguiram nas europeias de 2019: BE (5,9%) e CDU (4,1%) passariam de dois para um eurodeputado, enquanto o PAN ficaria a zero. Há um bom sinal para bloquistas e comunistas: ambos recuperam face ao mau resultado das legislativas.
FICHA TÉCNICA
Sondagem de opinião realizada pela Aximage para DN/JN/TSF sobre temas da atualidade nacional política. Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal. Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região. A amostra teve 811 entrevistas efetivas: 711 entrevistas online e 100 entrevistas telefónicas; 391 homens e 420 mulheres; 183 entre os 18 e os 34 anos, 218 entre os 35 e os 49 anos, 228 entre os 50 e os 64 anos e 182 para os 65 e mais anos; Norte 281, Centro 173, Sul e Ilhas 133, A. M. Lisboa 224. Técnica: aplicação online (CAWI) de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para pessoas com 18 ou mais anos; entrevistas telefónicas (CATI) do mesmo questionário ao subuniverso utilizado pela Aximage, com preenchimento das mesmas quotas para os indivíduos com 50 e mais anos e outros. O trabalho de campo decorreu entre 12 e 16 de abril de 2024. Taxa de resposta: 70,42%. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de +/- 3,4%. Responsabilidade do estudo: Aximage, sob a direção técnica de Ana Carla Basílio (DN-Lisboa e JN, texto do jornalista Rafael Barbosa)
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