domingo, março 03, 2024

Sondagem: AD e PS separados por um ponto percentual em sondagem do ISCTE

AD colhe 21% da intenção de votos e PS 20% o que resulta em empate técnico. Mas a tendência inverte-se face à última sondagem. Em janeiro o PS ultrapassava a AD. Indecisos sobem para 18%. O cenário de ser a Aliança Democrática, a coligação composta pelo PSD, CDS e PPM, a vencer as legislativas marcadas para 10 de março é apontado por mais uma sondagem. Apesar da diferença para o PS ser mais reduzida face aos seis pontos percentuais previstos pela sondagem da Católica, também o estudo do ICS/ISCTE para o Expresso/Sic põe a AD à frente do PS, mas apenas com um ponto percentual de diferença. O que resulta num empate técnico, deixando em aberto todas as possibilidades sobre qual dos partidos formará novo Governo.

Mas a tendência face à última sondagem mudou: no último estudo do ICS/ISCTE o PS estava à frente da AD colhendo uma maior fatia das intenções de voto. Com os dados em bruto, sem distribuição de indecisos, se as eleições fossem realizadas esta quinta-feira o PS colhia 20% da intenção de votos quando tinha 23% em janeiro. A AD aparece a subir dois pontos, de 19% para 21%, ultrapassando os socialistas. O Chega surge como terceira força política com 12% da intenção de votos, caindo três pontos percentuais face a janeiro, sendo o partido que mais desce. Segue-se o Bloco de Esquerda que mantém os 3% assim como a CDU que estabiliza nos 2%. A mesma percentagem do Iniciativa Liberal que perde um ponto percentual.

Também o Livre arrecada 2% da intenção de votos e o PAN mantém em 1%. Há ainda 3% de votos nulos ou em branco e 1% tem intenção de voto em outras forças políticas. Feitas as contas, a sondagem do ICS/ISCTE continua a apontar para uma vitória dos partidos de direita. Se as eleições fossem esta quinta-feira, sem a distribuição de indecisos, as três forças políticas da direita reuniam 35% da intenção de votos contra os 27% dos quatro partidos da esquerda. Mas tal como a sondagem da Católica, também o ISCTE aponta para uma subida de indecisos: há agora 18% de indecisos, mais dois pontos do que em janeiro. Destes, 73% dizem ter a certeza que vai votar e 14% dos inquiridos indicam que não vão votar.

FICHA TÉCNICA

Sondagem cujo trabalho de campo decorreu entre os dias 17 e 25 de fevereiro de 2024. Foi coordenada por uma equipa do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), tendo o trabalho de campo sido realizado pela GfK Metris.

O universo da sondagem é constituído pelos indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos e capacidade eleitoral ativa, residentes em Portugal Continental. Os respondentes foram selecionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruza as variáveis Sexo, Idade (4 grupos), Instrução (3 grupos), Região
(5 Regiões NUTII) e Habitat/Dimensão dos agregados populacionais (5 grupos). A partir de uma matriz inicial de Região e Habitat, foram selecionados aleatoriamente 102 pontos de amostragem onde foram realizadas as entrevistas, de acordo com as quotas acima referidas.

A informação foi recolhida através de entrevista direta e pessoal na residência dos inquiridos, em sistema CAPI, e a intenção de voto em eleições legislativas recolhida através de simulação de voto em urna. Foram contactados 2972 lares elegíveis (com membros do agregado pertencentes ao universo) e obtidas 907 entrevistas válidas (taxa de resposta de 31%, taxa de cooperação de 45%). O trabalho de campo foi realizado por 46 entrevistadores, que receberam formação adequada às especificidades do estudo.

Todos os resultados foram sujeitos a ponderação por pós-estratificação de acordo com a frequência de prática religiosa e a pertença a sindicatos ou associações profissionais dos cidadãos portugueses com 18 ou mais anos residentes no Continente, a partir dos dados da vaga mais recente do European Social Survey (Ronda 10). A margem de erro máxima associada a uma amostra aleatória simples de 803 inquiridos é de +/- 3,25%, com um nível de confiança de 95%. Todas as percentagens são arredondadas à unidade, podendo a sua soma ser diferente de 100% (ECO online, texto da jornalista Ana Petronilho)

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