Já estão atribuídos 226 dos 230 assentos na Assembleia da República, enquanto se espera a contagem final dos votos da emigração: entre as profissões dos novos deputados, são os advogados que ocupam a maior fatia, sendo que a AD é a força política com maior diversidade a nível profissional, salientou esta quarta-feira a revista ‘Sábado’. Entre as profissões mais ‘fora do vulgar’ no âmbito político encontramos Alberto Machado (AD), eleito pelo Porto, que é médico dentista – foi também presidente da Junta de Freguesia de Paranhos e membro do Conselho Municipal de Segurança, Ambiente e Turismo do Município do Porto. Na área da Saúde encontramos ainda os ex-ministros Manuel Pizarro e Marta Temido, respetivamente médico e administradora hospitalar como profissão. Há ainda a nutricionista Ana Gabriela Cabilhas (AD), o psicólogo Emídio Guerreiro – e sobrinho do fundador do PPD – e Ana Paula Martins, ex-bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e ex-presidente do Conselho de Administração do Centro Hospital Lisboa Norte.
Hugo Oliveira, eleito por Aveiro nas listas do PS, é outro exemplo da diversidade laboral que vai tomar assento no Parlamento: o deputado de 32 anos é operário fabril da Renault Cacia e foi porta-voz da Comissão de Trabalhadores. Paulo Raimundo, pelo PCP, estreia-se no Parlamento depois de ter sido operário, carpinteiro, padeiro e animador cultural na Associação Cristão da Mocidade na Bela Vista. Na bancada do Chega, Marcus Santos tem o percurso profissional menos comum: nascido no Rio de Janeiro e eleito pelo Porto, foi lutador de artes marciais e professor de MMA. Há também um deputado evangélico – Pedro Correia – eleito por Santarém: maestro e professor de canto, o candidato foi pastor assistente na Nova Aliança Igreja Cristã em Rio Maior. Eliseu Neves, antigo cabo adjunto no exército, é técnico de redes de gás na empresa Lusitaniagás e João Tilly ganhou fama como youtuber, com o seu canal a ter mais de 65 mil subscritores.
Se observamos a agricultura, a AD elegeu o antigo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, que conquistou o lugar por Santarém. Já Jorge Pinto (Livre) é formado em engenharia do Ambiente e doutorado em Filosofia Social e Política, mas são as suas bandas desenhadas que dão que falar: a primeira obra, em 2018, foi o ‘Amadeu’. Também Rui Tavares, eleito pelo Livre em Lisboa, é um reconhecido historiador, além de escritor e ensaísta. Por último, a comunicação social, que também está presente no Parlamento por Alfredo Maia, eleito pela CDU pelo Porto: é ex-presidente do Sindicato de Jornalistas e passou pelas redações do ‘Jornal de Notícias’ e ‘O Primeiro de Janeiro’ (Executive Digest, texto do jornalista Francisco Laranjeira)
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